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Oito pontos que podem fazer com que o Paraná siga embalado na Série B

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Líder da Série B, com 20 pontos, o Paraná Clube tem mais nove dias de preparação para retomar a maratona de jogos. O próximo compromisso será diante do Brasil de Pelotas, no sábado (26), pela 11ª rodada da competição.

Os dias extras podem ser essenciais no planejamento da equipe para a busca pelo acesso à Série A. Com um longo calendário até o final da competição, que se encerrará apenas em 2021, ao final da 38ª rodada será necessário fôlego e organização para que o time siga em busca do objetivo.

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“Estamos buscando evoluir e não vamos nos contentar até o dia 31 de janeiro quando acabar a competição”, destacou o técnico Allan Aal após a vitória por 2×0 em cima do CRB, na última segunda-feira (14).

A Tribuna do Paraná listou oito pontos que o Paraná pode ajustar para manter o embalo e, quem sabe, terminar a competição no G4:

Buscar peças que possam suprir possíveis ausências

Quando o Paraná perdeu o meia Renan Bressan, que precisou ficar de fora por duas partidas por causa de dores na coxa, o setor de criação do time sofreu. Ainda que a equipe tenha vencido por 1×0 o Figueirense, com Michel na função, foram poucas as oportunidades elaboradas no meio. Prova disso foi que no jogo seguinte, diante do América-MG, o time amargou derrota por 1×0 em uma partida tecnicamente abaixo do nível até então apresentado.

Existe uma negociação encaminhada para que Vitinho retorne ao Tricolor para se tornar mais uma alternativa na posição. Além disso, possíveis desgastes podem acontecer até o fim do longo campeonato.

A “quebra” na substituição também aconteceu logo na primeira rodada da Segundona. O lateral-direito Paulo Henrique, então titular absoluto, ficou de fora por ter testado positivo para Covid-19 – um falso positivo – e Toninho entrou em seu lugar. O rendimento não foi o mesmo na ala. Portanto, para que o time não sofra em caso de nova baixa, precisará contar com atletas no mesmo nível que os titulares.

Vale destacar que as baixas podem ser não somente por motivos que venham do departamento médico. O Paraná conta em seu elenco com diversos jogadores que vieram por empréstimo e podem sair a qualquer momento se solicitados pelo clube de origem, caso que aconteceu com o atacante Gustavo Mosquito e o zagueiro Thales.

Portanto, as peças de reposição precisam corresponder quando acionadas.

Renan Bressan tem sido o principal destaque do Paraná. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Paraná Clube.

“Emplacar” um camisa 9 decisivo

Atual centroavante do time, Bruno Gomes precisa ser mais eficiente. Em 11 jogos na Segundona, ele marcou apenas três gols. Outra opção para a função é o recém-chegado Léo Castro, que estreou na última rodada, diante do CRB, quando entrou já no segundo tempo e ainda não teve chance de mostrar serviço.

Bruno Xavier, que estava no Juventus na disputa da Série A2 do Paulista, também está desembarcando no Ninho da Gralha e é mais um para a função. A briga pela titularidade pode causar uma disputa positiva e fazer com que um deles prove que pode ser o dono da 9.

Bruno Gomes já havia marcado contra o Juventude. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Manter o bom aproveitamento em casa

O Paraná contabiliza 72,2% de aproveitamento nos jogos na Vila Capanema nesta Série B. Em seis jogos, o time tem quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota em casa. Foi assim que em 2017, por exemplo, a equipe sacramentou o acesso. Na ocasião, o aproveitamento foi de 78,9% na Vila. Dos 57 pontos disputados no Durival Britto, 45 foram conquistados.

Vila Capanema tem sido trunfo do Paraná. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Manter regularidade: “Time grande não tem três tropeços seguidos”

Em dez jogos disputados, o Paraná não contabilizou nenhuma sequência de derrotas e nem de empates. Os placares negativos aconteceram de forma espaçada, na sexta rodada (1×0 Vitória) e na nona (1×0 América-MG). Os resultados igualados surgiram na primeira rodada (2×2 Confiança) e na quinta (0x0 Operário).

Após a vitória por 2×1 em cima da Ponte Preta, na sétima rodada, o técnico Allan Aal deixou claro que não é possível brigar pelo acesso somando sequência de derrotas. “Time grande não tem três tropeços seguidos. Tem que buscar sempre se recuperar”, falou. 

Allan Aal tem feito bom trabalho no Paraná. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Melhorar, de vez, a marcação em bolas aéreas

O Paraná tomou sufoco no quesito bolas aéreas em diversas partidas. Além da pressão na maioria dos jogos, sofreu gols dessa forma contra a Ponte Preta e o América-MG. Após o zagueiro Salazar, que tem dois metros, assumir a vaga, a marcação ganhou altura, mas ainda precisa ser mais consistente.

Salazar tem ajudado o Tricolor nas bolas aéreas. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Tirar mais proveito de bolas paradas

Poucos gols do Tricolor surgiram de bola parada nesta Série B, todos eles após cobrança de escanteio. Contra o Avaí, o gol – contra – foi marcado após lançamento e bate-rebate na área.

Diante do Guarani, foi Jhony Douglas quem balançou as redes e, Fabrício, diante do CRB, também se aproveitou de lançamento na área. A altura de Salazar ajudou a melhorar o perigo levado ao adversário nesse tipo de situação, mas o colombiano, apesar de ter chegado perto, ainda não balançou as redes.

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Cobradores oficiais de falta, o meia Renan Bressan e o lateral-esquerdo Jean Victor ainda não acertaram em cheio a pontaria nesse tipo de cobrança.

Fabrício aproveitou jogada de bola parada contra o CRB. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Fechar o ataque ideal com qualidade nas duas pontas

A escalação dos atacantes de lado ainda não é unanimidade. Na direita, Gabriel Pires já começou entre os titulares na Série B em oito oportunidades, mas em todas foi substituído ao longo da partida. Nos outros dois jogos em que iniciou na reserva – dando lugar ao meia-atacante Guilherme Biteco -, teve a oportunidade de entrar, atuando em todos os jogos do time na competição. O camisa sete não marcou nenhum gol até o momento.

Já do lado esquerdo, a rotatividade foi maior. Gustavo Mosquito foi quem começou atuando na vaga. Andrey herdou a posição assim que o companheiro retornou ao Corinthians.

Logo na primeira oportunidade, o piá da base tratou de marcar logo dois gols na vitória por 3×1 em cima do Juventude. Porém, depois disso, o atacante não balançou mais as redes. Marcelo também já foi testado na posição, mas também sem fazer jus à função.

Biteco ainda não se firmou. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Evitar atraso de salários

Um dos receios do torcedor paranista é que a campanha regular que o time fez até aqui seja prejudicada por problemas financeiros. Realidade semelhante já aconteceu em anos anteriores, quando o Tricolor brigava pelo acesso, mas salários atrasados culminaram em problemas no vestiário. A manutenção dos pagamentos dos jogadores é ponto essencial para que a equipe siga a disputa “nas cabeças”.

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