Lanche rapidão!

Lanches de terminais de Curitiba são um espetáculo! Conheça duas iguarias: pastel e crepes!

Curitiba tem enorme tradição pela culinária. Bons restaurantes, chefes de cozinha renomados, Santa Felicidade com boas opções gastronômicas e lanches como a pizza, cachorro-quente e sandubas gigantes. Isso está literalmente na boca do povo, mas pouco se valoriza a alimentação nos terminais de ônibus da capital paranaense que, diga-se de passagem, são um espetáculo à parte, figurando entre os melhores lanches de Curitiba. Pastel, crepes, coxinha, bolinho de carne, churros e até prato feito são saboreados por um enorme público que frequenta diariamente esses locais pra lá de democráticos.+

>> Tudo sobre o crepes do Cabral e o Pastel do Boa Vista!

Atualmente, são 57 espaços que comercializam alimentos nos 23 terminais da cidade, sem contar as bancas de revistas que vendem doces e salgados prontos. Esses pequenos comércios geralmente vendem produtos que são de fácil armazenamento e rápido no preparo. A grande parte da freguesia está no terminal com tempo curto, ou seja, não dá para ficar muitos minutos esperando para apreciar o lanche por causa da correria do dia-a-dia.

Pastel e crepes em terminais de Curitiba
Pastel da Dona Graça e o Crepes do Irineu são sucesso garantido em dois movimentados terminais de Curitiba. Fotos: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

+Leia mais! Sete barraquinhas e lanchonetes de cachorro-quente para conhecer em Curitiba e região

Outra questão importante para que eles se tornem os melhores lanches de Curitiba envolve o preço. Os salgados como pastel, bolinho de carne, doguinho são encontrados a R$ 4. Fora que tem a promoção de um suco ou refrigerante que vira um combo a R$ 6. Um estudo realizado pela consultoria Kantar, que monitora o consumo fora de casa de alimentos e bebidas em sete regiões metropolitanas do país, incluindo Curitiba, mostrou que em 2022, os brasileiros consumiram 170 milhões a mais de salgados prontos, como quibe, coxinha, pão de queijo, pastel, em relação a 2019, antes da pandemia. Já o querido prato feito com arroz, feijão e carne, diminuiu em 247 milhões de unidades na mesma base de comparação.

>>> Leia ainda! Comida de verdade para o dia todo! PF é sucesso!

Para valorizar essa turma que acorda na madrugada e não tem folga nos fins de semana, a Tribuna do Paraná, percorreu terminais de ônibus para conhecer os segredos dos melhores alimentos. O pastel da Graça no Boa Vista, o crepe do Irineu no Cabral, a coxinha do Carmo e o prato feito no Campo Comprido são destaques. Vale reforçar que todos os comerciantes são dignos de aplauso e homenagens, já que são guerreiros com a linda missão de servir.

Alguns alimentos não estão na lista, então compartilhe e comente no Facebook e no Instagram da Tribuna do Paraná! A primeira parte da reportagem está na região Norte de Curitiba. Bora conferir os campeões!

Pastel da Graça no Boa Vista

No Boa Vista, a Dona Graça é figura carimbada. São 26 anos vendendo salgados na Pastelaria Nippon, localizado na parte superior do terminal. Na chegada ao local, o carinho da proprietária cativa o freguês. “Oi mãe, está tudo bem? Agora vou atender aqui, depois eu ligo”, ao tentar desligar o telefonema por várias vezes para atender à Tribuna.

Dona Graça faz um pastel delicioso no terminal do Boa Vista.
Para atender a clientela, a comerciante chega às 4 horas da manhã no Terminal do Boa Vista. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Maria das Graças, ou Dona Graça, sem o “s”, tem no pastel um segredo que não se compra: o amor pelo trabalho aos 65 anos de vida. Formada em Administração de Empresas e Recursos Humanos, e com Mestrado fora do país, essa guerreira decidiu empreender. “Trabalhei em uma multinacional na área de Recurso Humanos. Aqui foi uma oportunidade de negócio, e não tinha muitos conhecimentos dessa área. Estudei, não tive receio de enfrentar os medos e estou aqui 26 anos. Cada dia é diferente do outro, uma loucura atender esse povo”, disse Graça.

+Leia mais! Terminal de Curitiba tem prato feito que é sucesso garantido. Bora provar?

Pastelaria Nippon fica na parte superior do terminal do Boa Vista. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Para atender a clientela, a comerciante chega às 4 horas da manhã no Terminal do Boa Vista, e trabalha de domingo a domingo vendendo salgados. O pastel ganhou fama pela massa e pelo recheio generoso. “Eu faço para os outros como se fosse para eu comer. Eu não reaproveito o óleo como se faz por aí, e não perco a venda. A massa é minha, e não se encontra nada parecido”, desafia a Dona Graça.

Formada em Administração e com Mestrado fora do país, Dona Graça decidiu empreender. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Segundo a comerciante, ela não faz uma média de pastéis vendidos por dia. Na segunda-feira (06), dia que a reportagem esteve no local, foram quase 25 pastéis vendidos até às 11 horas. “O de carne que mais vende, depois queijo e palmito. Na estufa são vários salgados, e assim distribui a venda. O meu bolinho de carne também é bom”, alerta a senhora.

>>> Buscando a melhor coxinha de terminal de Curitiba? Veja uma dica das boas!

>>> Coxinha do Carmo é iguaria procurada por milhares de curitibanos

Crepes do Terminal do Cabral

 O crepe ou no plural crepes, é referência no Terminal da Região Norte de Curitiba faz mais de 30 anos. A banca do Irineu é a mais antiga no local, localizada próxima ao ponto do biarticulado no sentido Centro. Com um público de 90% feminino, o crepe é sinônimo de comida mais saudável. Não existe fritura, algo combatido especialmente pelas mulheres.

Irineu Bolsi, aos 62 anos, está a frente do negócio há 25 anos. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Irineu Bolsi, aos 62 anos, está a frente do negócio há 25 anos. Anteriormente, a irmã ficava no ponto, mas devido a uma doença teve que abandonar o dia-a-dia no terminal. Coube a Irineu a responsabilidade de seguir no ramo e também de fazer a famosa massa do crepe. “Eu faço a massa utilizando basicamente fécula de mandioca e farinha de trigo. O segredo é não encher a máquina com muita massa, e assar com calma. O crepe representa a minha vida. Eu consegui dar estudo para minha família, foi um divisor de água”, disse Irineu que chegou a ter um bar e mercearia nas proximidades do Capão Raso.

Raquel Serafim, 25 anos, é cliente das antigas. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

A média de venda de crepes é de 120 por dia, sendo vendido em média por R$ 8. Raquel Serafim, 25 anos, é cliente das antigas. “Eu vinha com a minha mãe quando pequena. Gosto demais da massa, e quando passo aqui no Cabral, é compra na certa. O crepe daqui tem muito recheio”, valorizou a estudante. Com origem francesa, o crepe já virou patrimônio brasileiro. São várias misturas no sabor, acrescentando até a nossa vina. “Aqui é Cabral”, orgulha-se Irineu.

Banca do Irineu vende crepes no terminal do Cabral
A banca do Irineu é a mais antiga no local, localizada próxima ao ponto do biarticulado no sentido Centro. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Veja nessa quinta-feira a parte dois da Caçada da Tribuna nos terminais de Curitiba!

Veja aqui a parte três da série com uma dica boa de Prato Feito!

Você já viu essas?

Denúncia de crime ambiental para derrubada de centenas de árvores em Curitiba
Denuncie!

Denúncia de crime ambiental para derrubada de centenas de árvores em Curitiba

Bar raiz em Curitiba “captura” clientes por horas; Comida boa, cerveja gelada e proteção do Papa
Clássico!!

Bar raiz em Curitiba “captura” clientes por horas; Comida boa, cerveja gelada e proteção do Papa

“Uber” para caminhoneiros, empresa de Curitiba fatura milhões
Inteligência

“Uber” para caminhoneiros, empresa de Curitiba fatura milhões

Whatsapp da Tribuna do Paraná
RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.