Otimismo e esperança

Com câncer raro, cantor de Curitiba compõe para quem passa por momentos delicados

Foto: divulgação.

Com mais de oito anos de carreira no mundo da música, o cantor curitibano João Mar, 37 anos, já tem mais de 60 lançamentos e coleciona sucessos, como ‘Funk Bunitin’, ‘Moça’ e ‘Seu Sorrir’. Morando em Curitiba, o músico passa por uma nova fase, a qual optou por viver ao lado da música que, como ele mesmo diz, é sua “forma de reconexão”.

Em setembro do ano passado, João foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer raro no Brasil, que atinge o sistema linfático. Surpreso com a notícia, o cantor decidiu que durante o tratamento iria continuar compondo e cantando, não apenas para encontrar o apoio no que ama fazer, mas também para motivar outras pessoas que estão vivendo um momento inesperado.

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“A intenção de não pausar a minha carreira foi justamente ajudar pessoas que estão passando por situações delicadas como eu. As faixas foram feitas para causar otimismo e esperança, para que o público veja que o sol sempre vai nascer, melhor e mais brilhante no próximo dia. Quero que essa mensagem chegue ao maior número de pessoas possível, em forma de ajuda e conforto”, conta João.

Seguindo essa proposta nasceu o novo álbum, com 25 músicas que devem ser lançadas durante 2024 e que trazem mensagens positivas e de esperança. Desde que começou a quimioterapia, o cantor já divulgou as faixas “No Azul do Teu Olhar”, “Tá Sol” e “Tudo Vai Ser Como Deve Ser”.

“O álbum ainda não tem data, pois, no meio desse processo, divulgarei parcerias importantes que não fazem parte do projeto, mas que são muito especiais para a minha carreira como artista. Porém, sem dúvidas, isso acontecerá ainda este ano, em algum momento do segundo semestre”, garante.

“Muito em breve estarei curado e na minha melhor versão”, diz cantor

João explica que demorou para descobrir o linfoma. O processo até receber o diagnóstico correto durou cerca de um ano. Tudo começou quando ele sentiu um caroço do lado do pescoço.

“Fiz alguns exames e fui ao médico, que a princípio disse que não era algo grave, uma coisa normal no caso de alguém que cantava muito como eu, que não precisava me preocupar. E foi isso que eu fiz. Continuei na mesma rotina, não me cuidando do jeito correto e fazendo mais shows do que nunca”, relembra.

Entretanto, João detalha que um ano depois acordou com muita dor nas costas. Ao conversar com parentes, foi orientado a ir ao hospital. “Chegando lá, consultei um outro médico que pediu uma tomografia do corpo todo e depois de ficar no hospital o dia todo, o resultado do exame indicou que eu precisaria ficar internado, para realizar uma biópsia. No dia seguinte realizei a internação e a biópsia indicou um Linfoma de Hodgkin”, relata o músico.

Após diversas sessões de quimioterapia, a resposta no tratamento é positiva. “Mais perto da cura do que nunca! Recentemente pude comemorar a última sessão de quimioterapia. Na sessão anterior, fui reprovado e tive que realizar novamente, mas agora pude encarar a última etapa do tratamento. Muito em breve estarei curado e na minha melhor versão”, comemora João.

A intimidade com a música

Como é de se esperar de um bom artista, João acredita que a música faz bem para o corpo, dando ânimo para o tratamento, e para a alma, ao permitir lembranças relacionadas aos familiares e amigos. Por isso, seria praticamente impensável deixar a música de lado durante o tratamento.

“A música fez parte dos momentos mais especiais que tive na minha trajetória, em situações de cumplicidade com a minha mãe já falecida, nos meus primeiros anos de vida observando as canções que meus pais mais gostavam e se identificavam. Foram exatamente esses momentos que fizeram quem eu sou hoje”, afirma o músico.

Dessa forma já é possível imaginar a importância que esse novo álbum tem para a vida de João. Afinal, ele considera que esse é um dos projetos mais pessoais que fez.

“Revisito etapas muito importantes da minha vida e coleto tudo isso nesse álbum que vai, de fato, mostrar quem é João Mar. Estou muito animado em colocar isso em prática. Era um plano para antes da descoberta do linfoma, mas tudo aconteceu como tinha que ser e é exatamente isso que eu falo em uma das músicas. Sem dúvidas, o álbum passou a ter um significado muito mais profundo por ter sido produzido nesse momento”, comenta.

Além de trabalhar a conexão com o público e consigo mesmo, outra boa surpresa que João teve durante a elaboração das novas canções foi a oportunidade de explorar o lado de produtor. “Outro projeto que toco que é a CASITA, gravadora e fábrica de músicas que gerencio em Curitiba, minha cidade natal. Todas as produções deste álbum aconteceram lá, então, lançar essas faixas é um sonho sendo realizado como artista e produzi-las na CASITA é um sonho realizado como produtor e amante desse universo tão profundo que é a música” explica.

O que esperar do novo álbum

Para o artista cada faixa é singular, se tornando difícil escolher uma canção preferida. Entretanto, ele adianta que um lançamento futuro vai ser muito especial, pois é a canção que marca a cura de João.

“Está prevista para ser lançada logo após a notícia da aprovação da minha última sessão de quimioterapia. A proposta é muito diferente, mas ela é a representação da forma que eu quero me apresentar pro mundo. Creio que vai surpreender a todos, pois escrevi a letra de uma forma muito espontânea e o resultado me surpreendeu também”, revela.

Além dessa música, o artista também cita a faixa “Tudo Vai Ser Como Deve Ser”, que carrega uma mensagem importante. “A frase que dá nome ao som é o que eu levo pra vida, o meu ditado favorito, porque é algo que acredito muito principalmente depois de passar por processo de tratamento. Entendi que todos os acontecimentos da nossa vida são exatamente como devem ser e tudo para causar a nossa evolução”, conclui.

O artista está presente nas redes sociais, no Youtube e também, nas plataformas de streaming.

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