Ô saudade!

Coração Melão, 1250, Moustache Sound and Dance; Qual destas baladas antigas de Curitiba você já foi?

Foto: Josafá Liberal / Colaboração

Sair para balançar a cabeça, paquerar ou mesmo encontrar os amigos em uma casa noturna curtindo um bom rock, pagodinho ou música eletrônica. Talvez a melhor opção venha a ser um poperô com o tuck tuck no cerébro no embalo do pezinho. Saudosistas ou não, as baladas nas décadas de 1990 e 2000 foram feras demais.

Coração Melão, Sistema X, El Potato, Aeroanta, Carambola, Studio 1250,Moustache Sound and Dance, Alles Bier, Circus Bar, Fórum, Hangar, Chocolate Chic, Angels Flight, Club 700, Bataclan, Whiskadão, Opera Prima, Lambateria Porto Seguro, Zimbabwe, Amnésia, Sebas Bar, Syndicate, El Mago, Legends, Danúbio, Rave e tantos outros lugares que fizeram história na noite de Curitiba.

+Leia mais! Sistema X, El Potato, Sunshine, Rave e mais: Baladas de Curitiba dos anos 90 deixam saudade

Naturalmente os lugares atuais são outros e com uma pegada diferente, mas ainda tem a galera do passinho, como o Grupo Super Flashback, que conta com 200 participantes, e se reunem em barzinhos e baladas para agitar o salão. A Tribuna do Paraná selecionou algumas baladas que não existem mais, mas que deixaram na memória grandes momentos com shows históricos, filas e situações engraçadas. Confira aí, a primeira parte da reportagem!

Aeroanta

Foto: Reprodução.

Franquia trazida de São Paulo por Sérgio Apter e Henrique Braga em 1990, o Aeroanta começou como alternativa para as bandas locais se apresentarem. Boi Mamão e Sr.Banana eram figurinhas carimbadas, e abriam os show de conjuntos mais conhecidos como Os Paralamas do Sucesso, Skank e Nação Zumbi, fora as apresentações internacionais de Steppenwolf, Nazareth e Buddy Guy . A casa fechou em 1997 por problemas com o imóvel.

Syndicate
No início da década de 1990, o movimento hiphop ganhou força no Brasil e não demorou para que surgisse em Curitiba um bar que mostrasse esse lado. Localizado na Avenida Cândido de Abreu, o Syndicate abriu as portas em 1992 para se tornar um marco de respeito as diferenças sociais e culturais. Quebrou paradigmas com ambiente muito democrático, que reunia pessoas de diferentes estilos. Um marco do Syndicate foi o show do Ratos do Porão, lotado! Depois de dois anos e shows de bandas como Raimundos e Furpie, novas tendências começaram a surgir e os sócios decidiram fechar a casa, seguindo cada um para seu lado.

Legends

Em 1993, surgiu a Legends Underground Club (depois, Legends), na Alameda Dr. Muricy, com intenção de abrir a música eletrônica para um público mais amplo. E em um ano de funcionamento, a casa “bombou”. A Legends foi pioneira em trazer DJs estrangeiros e fortaleceu o movimento de valorização do profissional, até então pouco reconhecida. Filas e filas se formavam para entrar na balada – Artistas como Jon Carter e Carl Cox estiveram na casa e levaram muito público.

Fórum e Coração Melão

Em 1996, inaugurou em Curitiba uma casa que viria a se tornar o 3º polo de shows no Brasil. Com apresentação da Shakira, a Fórum abriu as portas, se consolidando como a maior casa de shows da cidade.

Essa história começa quatro anos antes, quando foi criada o Coração Melão, na rua João Palomeque, no bairro Portão. Com capacidade para 2700 pessoas, a casa começou abrindo para bandas curitibanas como Gypsy Dream, Dr. Smith e Djambi que tocavam em meio às luzes robóticas e ao boneco de aranha, que descia para a pista por um elevador.

Com grande público nos fins de semana, inclusive aos domingos, em 1994, foi ampliado o espaço. Em 1996, o Coração Melão se transformou em Fórum, praticamente duplicando sua capacidade de público e se abrindo para diversos estilos musicais. Lulu Santos, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho lotavam a casa. Em 2001, as reclamações dos vizinhos, em principal sobre a agitação que ficava nos entornos da Fórum – fez os sócios terem dificuldade em regularizar o alvará e decidirem por fechar o estabelecimento.

Studio 1250

“Na Avenida Paraná e a gente se encontra lá”, era o fim da propaganda no rádio da 1250, ou do “mil” para os íntimos que ocupava uma quadra inteira no Bairro Cabral. Era a grande balada da região norte de Curitiba, mas por estar dentro do eixo do transporte expresso era facilmente acessada pelo público de várias áreas da cidade. Quem não lembra das festas apoteóticas do Haloween? A decoração dava medo na entrada com caveiras, aranhas e foices!

O som que dominava era o eurodance, aqui foi apelidado de “poperô ( tuk tuk ), mas teve apresentações da dupla sertaneja João Paulo e Daniel, Dominó e os Racionais MC’s, na turnê do disco “Sobrevivendo no Inferno”, em 1997. Pouca gente sabe, mas Os Mamonas Assassinas tinham show marcado no 1250 para a semana seguinte ao acidente que matou o grupo, em março de 1996. Com a venda do terreno para uma rede de supermercados, o 1250 fechou as portas em 2000.

Carambola e Chocolate Chic

Tudo começou com a Lambateria Porto Seguro, no Largo da Ordem. Uma casa especializada na dança da moda da década de 1980. O fim da lambada e a ascensão do pagode como a música mais popular na década seguinte levaram os irmãos Oliveira a abrir outras duas casas em 1995: o Chocolate Chic e o Carambola, no mesmo terreno na avenida Getúlio Vargas, no Água Verde.

De quarta à sábado, os shows embalavam a galera. A banda Contradição batia cartão na balada, que teve apresentações lotadas de Jamelão, Molejo, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e Bezerra da Silva.

A partir de 2001, o Carambola virou ponto de presença de jogadores de futebol. Os times quando vinham atuar em Curitiba, atraia os boleiros. Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho estiveram na balada, ao menos, diz a lenda…

Hangar Bar

O Hangar foi o templo do rock de Curitiba. A casa durou 24 anos, sendo sem dúvida, um dos principais espaços da cidade dedicados aos metaleiros. Antes de se mudar para a Al. Dr. Muricy, o Hangar Bar, funcionava no bairro Jardim Social, um boteco que funcionava como ponto de encontro de jovens e músicos, no início dos anos 90.

Em 1993, os responsáveis do Hangar, decidem transformar o pequeno boteco em um bar de rock na Dr. Muricy, 1111. Com a parde pintada de cinza escuro e preto, os frequentadores amavam o ambiente.

Os fins de semana eram de bandas como Motorocker e Gipsy Dream, que se tornou banda residente da casa, e atraíam, em média, mil pessoas por noite. Por outro lado, a casa abria às quartas-feiras para reggae, em geral com a African Band, e às quintas para o pop-rock. Os maranhenses Tribo de Jah, os catarinenses Dazaranha e o U2 cover de São Paulo foram bandas que também passaram por lá, sem esquecer do Blindagem, dos Catalépticos e do Relespública.

Outra característica marcante do Hangar, fora as quedas da escada, eram os tributos e covers de Metallica, Pantera, Iron Maiden, Led Zeppelin, The Doors, entre outros. Em uma dessas noites lotadas, em 1997, enquanto o Motorocker tocava ACDC, um pedaço do chão perto do palco desmoronou. “Nós estávamos tocando Moneytalks quando aconteceu. E a gente não parou a música; as pessoas foram se levantando dos escombros e o show continuou”, disse o vocalista Marcelus dos Santos na época.

Apesar da devoção do público, que consumia 100 caixas de cerveja nos dias mais movimentados, a direção decidiu fechar a casa em 1998.

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