Moradores assustados

“Vi a morte de perto”: galhos de pinheiro caem e estouram linha de alta tensão na RMC

Galhos de Araucaria causam dor de cabeça para moradora em Colombo
Araucária com galhos próximos de fios de alta tensão se tornou uma dor de cabeça para uma moradora de Colombo. Foto: Colaboração

“Vi a morte de perto”, é assim que a empresária Anne Karolline, 30 anos, relata o que aconteceu no início da noite da última terça-feira (27) ao chegar em sua casa, no bairro São Gabriel, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Com ventos fortes e muita chuva, ela tentava abrir o portão de sua residência quando ouviu uma explosão. Um fio de alta tensão se rompeu – mais uma vez – causando um grande estouro e um clarão. Ela e seu filho, que é autista, retornavam da terapia e quase foram atingidos pelo cabo energizado.

ATUALIZAÇÃO: Empresa faz poda de pinheiro na RMC após reclamação de moradora: “vi a morte de perto”

Moradora na Rua Conselheiro Saraiva há três anos, Anne Karolline conta que está cansada de passar por esta situação e de nada ser feito. Segundo ela, conforme o tempo passa, a situação só piora. O principal motivo é uma árvore da espécie Araucária localizada próximo ao poste de sua casa. Os galhos, que segundo a empresária estão apodrecidos, acabam caindo na fiação causando transtornos e o rompimento da fiação elétrica.

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“A fiação caiu bem no portão. Eu voltava da terapia com meu filho, cheguei por volta das 20h, justamente no horário que começou o vento. Aí caiu o galho na fiação e estourou. Se eu tivesse aberto meu portão até o final, a bola de fogo teria me atingido, deu um clarão. Por sorte, tinha empurrado o portão e fui entrar no carro, foi quando tudo aconteceu, aí me escondi e chamei meu pai para ajudar”, relata a moradora.

Jogo de empurra-empurra

De acordo com a Anne, a situação ocorre há três anos, desde que ela se mudou para a casa. Ela diz que já tentou falar com a Prefeitura de Colombo e com a Copel, para realizar a poda da árvore, mas nenhuma das instituições assumem a responsabilidade pela manutenção da Araucária.

“Ligo para a prefeitura, me encaminham para a central do Meio Ambiente. A moça disse que a fiscalização iria no local, mas ninguém nunca apareceu. Da última vez que liguei, falaram que não era com eles e era com a Copel. Liguei lá e falaram que a responsabilidade era da prefeitura. Qualquer chuva, qualquer vento, os galhos encostam na fiação e ela explode”, reclama.

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Ainda de acordo com Anne Karolline, ela já tentou uma autorização com a prefeitura de Colombo para contratar um profissional e realizar a poda árvore, mas relata que teve o pedido negado pela Secretaria do Meio Ambiente, por se tratar de uma árvore protegida por lei. “Eu até sugeri na prefeitura, que me dessem uma autorização para eu mesma pagar alguém para podar. Mas segundo a moça da prefeitura, por se tratar dessa árvore não poderia mexer, por ser crime ambiental. Ela disse que não tem o que fazer”, explica.

E aí, prefeitura?

Procurada, a Prefeitura de Colombo se manifestou por meio de nota. Leia abaixo, na íntegra:

“Prezados,
A Prefeitura de Colombo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, sobre a reclamação de uma moradora em relação ao pinheiro próximo de um poste, informa:

– Que a árvore citada encontra-se em uma área particular;

– Que é de responsabilidade do proprietário do imóvel realizar a manutenção dos espécimes: poda, amarração dos galhos e/ ou no caso de árvore morta o corte;

– Que é de responsabilidade do Instituto Água e Terra (IAT) a autorização para efetuar o corte de pinheiro e deve ser solicitada pelo proprietário.”

O que diz o IAT?

Também contatado, o Instituto Água e Terra (IAT) – responsável por proteger, preservar, conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental paranaense – informou que:

“Como a árvore está em área particular, o proprietário precisa entrar com um pedido de autorização de poda no Instituto Água e Terra (IAT). Caso esteja trazendo risco pelo contato com a fiação elétrica, a Copel tem autonomia para realizar a poda.”

E a Copel?

A Tribuna do Paraná entrou em contato com a Copel, que afirmou estar analisando o caso.

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