Reclamação

Rua de Curitiba alaga ‘toda hora’ e moradores reclamam: “IPTU não atrasam um dia”

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

A chuva que caiu na manhã de domingo (18) em Curitiba, causou transtornos em vários pontos da cidade. Um dos locais mais afetados foi no Guaíra, bairro que sofre com alagamentos a cada chuva mais forte que atinge a cidade. O ponto crítico é na Rua Minas Gerais com a Pernambuco. Neste domingo uma chuva de 10 minutos de duração, com intensidade moderada, acabou resultando em água transbordando e casas alagadas. Segundo moradores este não é de agora e traz transtornos a cada chuva mais forte que atinge a região.

Ulisses Mendes Machado reside há 10 anos na Rua Minas Gerais. Segundo ele, a chuva no domingo não foi tão intensa, mas provocou alagamentos por toda a região.

“Qualquer chuva de 10 minutos acaba transbordando. Quando chega na Minas Gerais não escorre para o outro lado e vai para a rua. O projeto é interessante, são comportas que fazem a retenção da água. As comportas abrem, mas não fizeram o fechamento e saída da água. Além disso, existe furto na tubulação que acaba prejudicando o sistema ainda mais”, reclamou Ulisses, que enviou para a reportagem da Tribuna os vídeos dele e de vizinhos relatando o problema. 

A reclamação não é apenas de Ulisses com relação ao problema no bairro.

Maria De Lourdes Borges, moradora do Guaíra há 40 anos também reclama da situação. E revolta é tão grande que ela pensa em deixar o local e partir para o aluguel “Depois que a prefeitura veio mexer no córrego da Rua Pernambuco não tivemos mais sossego, todas as chuvas alagam minha rua e, principalmente, minha casa”, disse ela para a Tribuna. Segundo a moradora, foram cortadas todas as árvores das laterais desse córrego. “Depois disso todas vez que chove forte alaga tudo. Estou pensando em abandonar minha casa e ter que pagar aluguel em outro bairro. É triste tudo isso”, reclamou a moradora para a Tribuna. “Esperando alguém dar uma resposta para nós moradores, principalmente da rua Florindo José Moreschi”, completou.

Outra moradora do bairro cobra diretamente ajuda da prefeitura de Curitiba. “Sobre a chuva de ontem minha casa ficou toda alagada, estamos precisando de ajuda. Porque a prefeitura não faz nada? Antes de mexerem no rio nunca acontecia esses alagamentos, não enchia. A prefeitura mandou canalizar e deixou obra inacabada, disparou a moradora do Guaíra, Maria Conceição Borges.

Em 2022, o Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, a partir do programa Curitiba Contra Cheias, coordenou oito grandes intervenções na cidade com a construção de grandes estruturas que visavam minimizar o impacto das chuvas em pontos cortados por rios e córregos. São obras de macrodrenagem e microdrenagem que tinham como objetivo aumentar a capacidade de rios e córregos contra transbordamentos e, assim, ajudar a rede a suportar grandes precipitações. No entanto, no chamado Córrego do Cortume, no Guaíra, a obra não terminou.

Discussão entre vereadores trará solução?

Os constantes alagamentos viraram motivo de discussão ano passado na Câmara Municipal de Curitiba. Ofícios foram enviados ao Executivo pedindo explicação do atraso nas obras no Córrego do Cortume.

“A licitação para as obras de controle das enchentes no rio Guaíra foi feita em 2014 e os moradores relatam que, depois que elas começaram, a situação piorou. A prefeitura de Curitiba disse que seria resolvido quando fosse finalizado o contrato com a empreiteira, mas a parte final, dos condutos forçados, não foi realizada, foi retirada do contrato. Ou seja, a parte que ia resolver o problema das pessoas não vai mais ser feita”, apontou a vereadora Indiara Barbosa (NOVO). 

Outro que reclamou foi Eder Borges (PP). Segundo ele, o atraso na conclusão das obras ainda provoca outros problemas no bairro.  “O leito do rio vem sendo um esconderijo para o pessoal usar droga, assaltar, usar como motel. É terrível essa sensação de impotência que nós temos como vereadores, porque não conseguimos resolver o problema”, disse o vereador. 

E aí prefeitura?  

Em nota, a prefeitura informou que devido ao volume de chuva foram registrados alagamentos pontuais em várias regiões de Curitiba, mas, que devido às estruturas de prevenção, o sistema de drenagem fez efeito posteriormente. Além disso, a prefeitura reforça que a população deve destinar corretamente o lixo e materiais reciclados.

No último domingo, devido à alta precipitação – mais de 50mm e chuva em cerca de duas horas, de acordo com a Estação Meteorológica da Defesa Civil – foram registradas situações pontuais de alagamentos, mas os volumes acumulados dissiparam assim que a chuva cessou, demonstrando a capacidade do sistema de drenagem da cidade. As equipes da Secretaria Municipal de Obras Públicas estiveram no local e estão analisando e verificando possíveis situações de obstruções nas quadras que registraram alagamentos. Entre outras medidas, já estão programadas ações com caminhão hidrojato. Outra importante forma de prevenir os alagamentos depende do comportamento da população, destinando corretamente o lixo e materiais que podem ser reciclados. Quando o lixo, resto de materiais de construção, móveis e outros entulhos são jogados nos rios, ou descartados em calçadas e locais inadequados, acabam indo para as galerias de captação das águas das chuvas, nos rios, gerando obstruções e potencializando as situações de alagamentos”, disse a prefeitura de Curitiba em nota enviada para a Tribuna do Paraná.

E a obra termina quando?

Quanto ao término da obra do Córrego do Cortume, a prefeitura informou que a empresa que estava executando a obra finalizou o contrato sem terminar os serviços. O executivo precisou relicitar para finalizar os trecho não concluídos, sendo que uma nova empresa foi contratada e os serviços estão sendo retomados.

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