Análise tática

As armas do Athletico contra o Jorge Wilstermann

Renan Lodi foi bastante acionado, tanto que criou várias chances, marcou um gol e foi o melhor em campo. Foto: Albari Rosa

O Athletico venceu, convenceu e goleou por 4×0. Contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, pela segunda rodada da Taça Libertadores, na Arena da Baixada, o time rubro-negro não deixou o adversário respirar e mostrou um futebol ofensivo e envolvente, como nos bons momentos do ano passado. A segunda partida oficial na temporada anima, após a derrota na estreia na competição sul-americana.

A primeira etapa atleticana foi um massacre. Com o mesma esquema da derrota na estreia para o Tolima por 1×0, no 4-1-4-1, o Furacão encurralou o time boliviano em seu campo e martelou bastante até sair o gol. Bruno Guimarães, em chute rasteiro, Thiago Heleno, de fora da área, e Rony, também de longe, começaram incomodando.

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A melhor chance, antes de marcar, foi em linda enfiada de Nikão para Renan Lodi, que matou no peito e chutou cruzado para grande defesa de Giménez. O atacante, dez minutos depois, mandou uma bomba de longe para outra boa intervenção do goleiro. Era o nono chute em 25 minutos.

O Wilstermann, atuando no 4-4-2 em fase defensiva, dava brechas para o time de Tiago Nunes tabelar e jogar, principalmente, pelos lados. Depois de cinco minutos mais calmos, nova pressão. Lodi cruzou na cabeça de Marco Ruben, que jogou por cima do travessão. De tanto martelar, o gol saiu. Rony chutou de fora da área, Marco Ruben “atrapalhou” por estar na frente, mas desviou nele e enganou Giménez. A equipe adversária reclamou de impedimento, em lance duvidoso.

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Logo após o gol, o time boliviano arriscou e até colocou uma bola na trave. Mal sabia que seria fatal. Nessa rara tentativa, a bola sobrou para o contra-ataque, com Tomás Andrade arrancando desde a zaga, passando pelo meio, avançando e chutando fraco para o gol. O goleiro aceitou.

Furacão pressionou o Jorge Wilstermann o tempo todo e de várias maneiras. Foto: Albari Rosa
Furacão pressionou o Jorge Wilstermann o tempo todo e de várias maneiras. Foto: Albari Rosa

Na volta do intervalo, o Rubro-Negro não diminuiu o ritmo logo no começo. Camacho, contestado como titular e que teve ótima atuação, deu lindo lançamento para Lodi, melhor em campo, receber e chutar rasteiro na saída do goleiro.

A partir daí, o Athletico decidiu mais administrar o jogo e controlou as ações, com o Wilster oferecendo raros perigos. Mesmo com uma posse de bola sem tanta agressividade, como na etapa inicial, chances foram criadas. Nikão e Tomás Andrade, por exemplo, perderam oportunidades claras.

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No fim, foi possível escutar gritos de “olé” dos torcedores com o time boliviano na roda de passes do Furacão. Só que não tinha acabado. Perto dos acréscimos, em jogada pela direita, a bola sobrou para Bruno Guimarães, que sobrou em campo, para rolar para as redes, finalizando a vitória em merecida goleada.

A grande exibição de toda a equipe, que não teve ninguém abaixo, a não ser o lateral-direito Jonathan, ainda sem estar 100% fisicamente, dá confiança para Nunes encarar o maior desafio do grupo. Se a derrota para o Tolima deixou o torcedor com desconfiança, a vitória convicente frente ao Jorge Wilstermann mostra que o time não sentiu o revés e pode atuar de igual para igual com a força argentina. No dia 2 de abril, o Athetico recebe o Boca Juniors, da Argentina, na Arena da Baixada.

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