Como 2018 passou rápido, não é mesmo? Teve copa, eleição, casamento do príncipe Harry… Para os esquecidinhos de plantão, vários sites, jornais e canais de televisão fazem retrospectiva para relembrar os melhores e os piores do ano. Claro que o Não é Spoiler não vai ficar de fora.
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Por isso, vou indicar os 10 melhores filmes que eu vi em 2018. É óbvio que vai ter gente revoltada e perguntando, ‘por que tal filme não apareceu na lista?’. Repito, a lista traz os melhores que eu tive a oportunidade de ver e avaliar durante o primeiro ano do blog.
10º – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
Violento, caótico e perturbador. “A Casa do Medo: Incidente em Ghostland” é pra quem tem estômago e psicológico bom para ver uma hora e meia de muito susto e reviravolta. O que mais me chamou a atenção nesse filme é o enredo, pode até estarem presentes alguns clichês, mas não perde fôlego durante a trama. Laugier, que também assina o roteiro, mostra que o gênero terror ainda tem muito que mostrar, ainda há como fazer ótimas histórias sem cair na mesmice.
9º – Tully
Esquecido por muitos, “Tully” foi aquele filme que chegou meio escondido das grandes estreias dos cinemas. O longa conta a história de Marlo, interpretado pela atriz sul-africana Charlize Theron (Atômica), que é mãe de três filhos e acaba descobrindo que está grávida novamente. O irmão decide ajudá-la contratando uma babá, Tully, que acaba mudando a vida da veterana matriarca.
8º – Ferrugem
Ferrugem é um drama agonizante, reflexivo e traumático. Aly Muritiba (Para a Minha Amada Morta) consegue trazer nas telas um assunto tão presente do cotidiano que ainda é esquecido por muitos pelo simples fato de sempre a atenção está nas notificações do WhatsApp, nas curtidas nas fotos do Instagram ou aquele “estalqueamento” no perfil do Facebook.
7º – A Casa que Jack Construiu
Após 5 anos, Lars Von Trier (Ninfomaníaca) volta ao cinema contando a história de um serial killer de forma diferente. “A Casa que Jack Construiu” não é um suspense sobre crimes mirabolantes, mas, sim, sobre o olhar do próprio assassino em série ao realizar seus assassinatos. O longa também tratar a violência como arte e a própria crítica do diretor com relação aos seus filmes anteriores.
6º – Ilha dos Cachorros
Assim como Tim Burton em “O Estranho Mundo de Jack” (1993) e “A Noiva Cadáver” (2005), Wes Anderson mais uma vez se arrisca no formato animado e apresenta “Ilha dos Cachorros”. Como em seu premiado “O Fantástico Sr. Raposa” (2009), Anderson consegue mostrar todo o seu estilo simétrico, esteticamente perfeito e enredo que encanta com pitada de humor ácido. O novo longa é uma homenagem à cultura japonesa que vai além de um filme bonitinho e fofinho.
“Ilha dos Cachorros” é sobre corrupção e segregação. (Nossa, parece que estamos vivendo isso atualmente?!) Nesta comédia-dramática, há várias horas em que o público irá rir baixinho, se emocionar e algumas vezes pensar “será que posso rir disso?”. A história lembra muito a série “The Handmaid’s Tale”, só que mais leve, claro. É um “Mississipi em Chamas” de cachorro.
5º – O Processo
O Processo é um documentário que conta os momentos do processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O filme chama a atenção pela construção do diálogo sem o uso de uma narração, além da edição que traz um longa dinâmico, ágil e didático.
4º – Pantera Negra
Pantera Negra quebrou todas as barreiras, o filme do super herói da Marvel encanta pela qualidade de roteiro, efeitos visuais, trilha sonora e direção de arte, além de trazer um elenco de peso. Ryan Coogler (Creed: Crescido para Lutar) mostra seu crescimento tanto na direção, como roteirista também.
3º – Infiltrado na Klan
Infiltrado na Klan surpreende pela história baseada em fatos reais que aconteceu no final dos anos 70 conectando a narrativa pelos problemas raciais ainda recorrentes nos dias atuais. O longa é sobre um
policial negro que recebe a missão de desmascarar um grupo da Ku Kux Klan em Colorado. Spike Lee traz um longa reflexivo e protestante.
2º – Hereditário
Odiado por uns, amados por outros. “Hereditário” não é aquele filme que vai te assustando já logo no começo, mas é aquele que vai te prendendo com uma história de suspense sufocante. A narrativa chega muito perto destes excelentes filmes. Ari Aster consegue criar um novo terror com referência no que deu certo, sem clichês.
1º – Roma
Sabe aquele filme que você quer abraçar a protagonista? Pois é, Roma é assim. O novo filme de Alfonso Cuarón (Gravidade) mostra a rotina de uma família de classe média que precisa enfrentar os diversos problemas que acabam dando origem a diversas mudanças coletivas e pessoais. É emponderado, poético, afetivo e reflexivo.
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Espero que tenham gostados da lista. Assistiu algum? Faltou outro? Comente que terei o prazer de responder 🙂
Boas festas, pessoal!