Morto pela esposa

Pais de Ellen Federizzi, suspeita de matar o marido policial, são ouvidos na DHPP

Os pais de Ellen Federizzi, suspeita de matar o marido, o soldado Rodrigo Federizzi, são ouvidos na DHPP. Foto: Átila Alberti

Os pais de Ellen Federezzi, presa desde a última quarta-feira (10) suspeita de envolvimento na morte do marido, o soldado da Polícia Militar Rodrigo Federezzi, foram ouvidos na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta segunda-feira (15). O advogado dos pais de Ellen, João Maria, disse que eles estão muito abalados e que “foi uma surpresa tanto para os familiares da vítima quanto para os da presa”.

O corpo do soldado, que estava desaparecido desde o dia 28 de julho, foi encontrado na manhã de domingo (14). Ele estava enterrado em uma estrada rural em Araucária, dentro de sacos plásticos, e teve as pernas cortadas. O policial tinha um disparo na cabeça.

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Advogado Reinaldo Vinicius: motivo do crime ainda não está esclarecido. Foto: Átila Alberti

 

 

De acordo com o advogado dos pais de Ellen, “o casal se dava muito bem, e não tem porque ter acontecido todos esses fatos”. O advogado da família de Rodrigo, Reinaldo Vinicius Gonçalves, também afirma que o motivo do crime não está esclarecida. “Eles não tinham problemas familiares ou financeiros, então a motivação ainda é uma incógnita”.

Ainda conforme Reinaldo, os familiares de Rodrigo “ainda não querem se manifestar sobre a conduta de Ellen, se ela teria participação de alguma forma no fato que ceifou a vida dele”.

João comentou que os pais de Ellen “não conseguem entender o que está acontecendo” e “acham que foi algum tipo de armação”. “O relacionamento dos dois era muito bom. Eles sempre estavam juntos, saíam para viajar, para pescar; e se davam bem com os sogros, de ambas as partes”, disse o advogado.

A Polícia Civil não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Apoio psicológico

Rodrigo e Ellen se conheciam desde a infância e estavam juntos há 10 anos. Eles têm um filho de 9 anos. Reinaldo revelou que o menino sabe da morte do pai, mas a família ainda não contou sobre a forma como ela ocorreu e a situação da mãe. “Eles buscam um apoio psicológico e acompanhamento para descobrir a melhor forma de revelar isso”.

O corpo do policial foi sepultado na manhã de segunda-feira (15) no Cemitério do Campo Comprido.

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