“Golpe da arara”

Estelionatário usa o nome de empregada pra aplicar golpe. Malandragem renderia R$ 1 milhão

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.
Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Um esquema de uma empresa montada por um suspeito de estelionato com nome de outra pessoa foi descoberto por policiais da Delegacia de Estelionato (DE). O suspeito, José Carlos da Silva, 37 anos, foi preso na última terça-feira (18), no bairro Costeira, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A polícia estima que o valor da vantagem, caso ele conseguisse seguir com o plano, poderia superar R$ 1 milhão, no prazo de um ano.

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Segundo a investigação, José aplicou o golpe conhecido como “arara”: criou uma empresa em nome de outra pessoa para obter crédito. O objetivo dele era conseguir as mercadorias com fornecedores de alimentos, no intuito de fraudar essas empresas e revender essa mercadoria abaixo do preço do mercado.

“Esse tipo de fraude mercantil é chamada de “B2B- Business to business” ou vulgarmente chamada de “Golpe da arara” onde é causado um grande prejuízo financeiro para as empresas lesadas, que acabam alienando mercadorias com um alto valor agregado”, explicou o delegado Leonardo Carneiro.

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Ainda segundo o delegado, nesse tipo de crime as pessoas jurídicas são criadas especialmente para dar golpes em seus fornecedores. “O uso de laranjas, como no caso em questão, é bem comum, os estelionatários se utilizam de pessoas humildes que cedem seus documentos contra pagamento de quantias modestas, essas pessoas passam a integrar o quadro social e, no caso de empresas adquiridas, favorecem a alteração da razão social e do ramo de atividade da empresa”, esclarece.

Para aplicar os golpes, José colocou a empresa fraudulenta no nome de uma mulher, que atua como empregada doméstica. Outro ponto importante levantado pela polícia é que o faturamento da empresa, segundo balanço contábil seria de R$ 3 milhões anuais, mas a “proprietária” da empresa recebia apenas R$ 700 por mês pelo faturamento.

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Além do golpe no ramo alimentício, a polícia descobriu que José também comprou diversos celulares de alto padrão e locou uma máquina agrícola com o intuito de alugar para agricultores por um valor diferente do que normalmente seria praticado por esse tipo de locação. O homem vai responder por estelionato e também por uso de documento falso.

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