Quadrilha de 'matadores'

Suspeito de ser pago para matar casal na Praça do Japão é identificado

Matheus apresentado na DHPP, em Curitiba. Foto: Divulgação Polícia Civil

O suspeito de matar um casal a tiros na Praça do Japão, no Batel, na tarde do dia 17 de novembro de 2016, foi identificado e apresentado nesta segunda-feira (26) pela Divisão Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a polícia, o autor dos disparos que vitimaram Joel Mioranza, 27 anos e Lorene Godinho Walski, 29, é Matheus Willian Marconde Guedes,  o “Negueba”, de 20 anos.

De acordo com a delegada Sabrina Barreiros, Matheus – que estava preso desde maio de 2017 por também ter envolvimento no assassinato do fiscal de combustíveis Fabrízzio Machado da Silva, ocorrido em março do ano passado –  é integrante de uma quadrilha de matadores que age na capital, tendo sido contratado para executar Joel.

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“Realizamos as investigações, fizemos muitas perícias e realizamos diversas oitivas de testemunhas. Dentre algumas das testemunhas ouvidas, uma delas relatou com detalhes a autoria do crime, quem fez os disparos e contou a motivação do crime, que seria o fato do Joel dever dinheiro em função do uso de drogas. Essa testemunha ainda disse que o Mateus, vulgo Negueba, fazia parte de uma quadrilha de matadores”, explicou a delegada.

Investigação

Matheus apresentado na DHPP, em Curitiba. Foto: Divulgação Polícia Civil
integrante de uma quadrilha de matadores que age na capital, Matheus teria sido contratado para executar Joel. Foto: Divulgação Polícia Civil

Ainda segundo a DHPP, a confirmação da autoria do crime veio após a perícia com confronto balístico, das balas encontradas nos corpos das vítimas com a arma que já havia sido usada em outros crimes pela quadrilha, que tinha como praxe utilizar o mesmo armamento em suas ações criminosas.

“Fizemos um apanhado sobre o histórico de crimes dessa quadrilha e verificamos que em um dos crimes anteriores a esse, eles utilizaram de uma arma de fogo calibre .38. Verificamos em nosso inquérito policial e vimos que também uma arma calibre .38 foi utilizada no crime da Praça do Japão. Para confirmar o relato da testemunha, pedimos uma perícia de confronto balístico, que deu positivo. Os projeteis extraídos dos corpos do Joel e da Lorene eram provenientes desta arma de fogo. Assim, identificamos o autor do crime, a arma e a motivação do crime”, afirmou delegada Sabrina.

No entanto, apesar do envolvimento na morte do fiscal de combustíveis, ainda segundo a polícia, a arma  não foi a mesma arma utilizada para assassinar Fabrízzio. 

Relembre o caso

Joel Mioranza e Lorene Godinho Walski foram baleados na tarde do dia 17 de novembro de 2016, em um dos pontos mais visitados da capital. Lorene morreu na hora e Joel chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.

Logo após o crime a polícia informou que dois homens cometeram duplo homicídio. Por volta das 15h20 eles estacionaram o carro na Avenida Silva Jardim e um deles desceu e foi andando até a Praça do Japão. Lá ele caminhou até as vitimas, efetuou os disparos, voltou correndo para o carro, um C4 Pallas de cor prata, e os dois fugiram.

A principal linha de investigação da polícia, confirmada nesta segunda-feira (26),  era o envolvimento do casal com o tráfico de drogas. Lorene era usuária de drogas e passava algumas temporadas sem dar notícias à família. Já Joel, alvo dos matadores, tinha passagem pela polícia por furto qualificado, resistência e desacato.

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