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“Quase me bateu na cara”, denuncia cobrador ameaçado por passageira em Curitiba

Imagem mostra uma mulher pagando passagem com cartão de crédito em Curitiba
Foto: Reprodução/Daniel Castellano / SMCS

Cobradores do transporte público de Curitiba estão preocupados com ameaças que estão ocorrendo nas estações-tubo da cidade. São relatos de constrangimento e punição aos trabalhadores. A Urbs Urbanização de Curitiba (URBS) limitou temporariamente a utilização de cartões de débito e crédito no transporte coletivo para uma vez a cada hora. O motivo levou em conta a ação de um grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens de ônibus que provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba. Esse valor equivale a 200 mil passagens. 

Os cobradores, com receio de demissão, falaram com a Tribuna e pediram para não ser identificados. O transtorno é para quem utiliza cartão de débito ou crédito para pagar a passagem. Se o usuário vai utilizar essa forma de pagamento para duas pessoas, por exemplo, ele e filho, o sistema bloqueia o cartão e o segundo passageiro não consegue passar pela catraca.

“Vou dar um exemplo, um adulto e uma criança. Ele passa para o filho, mas na hora dele passar, o sistema avisa que está bloqueado. Aí ele mostra no celular que as duas cobranças foram realizadas pelo emissor do cartão, mas a catraca não gira”, disse um cobrador que atua na região do bairro Portão.

Ao informar ao usuário que o cartão bloqueado ou deu erro, o cobrador percebe a fúria na hora. Pior ainda quando o ônibus está parado para a pessoa entrar ou tem fila.

“A pessoa fica furiosa, está com pressa e quer embarcar. Já recebi ameaça do usuário, uma mulher tentou me agredir e quase bateu na minha cara. Aí essa pessoa entra pela portinha lateral e se um fiscal perceber ou alguém gravar, eu sou punido. Quando relatei isso para a Urbs fui obrigado a comparecer a uma palestra fora do nosso horário de trabalho. O sistema não funciona”, reclamou o cobrador. 

Cobradores também informaram que o problema está ocorrendo em vários pontos da cidade, ou seja, não é algo exclusivo de uma estação-tubo ou outra. “Antes passava duas ou três passagens, mas agora está dando bloqueio. As pessoas mostram que tem dinheiro no cartão, não pode fazer PIX, somos reféns do sistema que é falho. A pessoa passa pela portinha irritada ou constrangida. Fica um ambiente pesado no tubo, fora que na fila as pessoas não entendem o atraso”, comentou outro cobrador.

Sindicato entra na discussão

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) já está sabendo do problema. “ Fiquei sabendo disso na Assembleia, o pessoal comentou, repassei na reunião com os empresários. Combinamos de fazer uma reunião com a URBS para resolver da questão”, informou Anderson. 

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E aí prefeitura?

A URBS, responsável pelo sistema de ônibus em Curitiba informou que limitou temporariamente a utilização de cartões de débito e crédito no transporte coletivo para uma vez a cada hora. Anteriormente, era possível pagar até três passagens por viagem/por validador, com intervalo de 15 minutos para mais três utilizações.

A medida preventiva e sem data para terminar, visa limitar a ação de um grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens de ônibus com pagamento por cartões de débito e crédito virtuais, que já provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba, o equivalente a 200 mil passagens.

Segundo a Urbs, o esquema criminoso foi descoberto depois de uma ação integrada entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Urbanização de Curitiba (URBS) e a Guarda Municipal. No começo do mês sexta-feira foram presas oito pessoas e as investigações continuam. 

“A medida foi necessária para limitar a ação dos criminosos, que tentavam passar até três passagens na sequência utilizando cartões virtuais falsos”, explicou o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

Como operava a fraude?

Os criminosos simulavam o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa (R$ 6). O usuário era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca.

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