Litoral do Paraná

Orla de Matinhos tem ‘cara nova’ com o avanço das obras de revitalização; confira

Orla de Matinhos alcança 86% das obras concluídas. Foto: Instituto Água e Terra/Agência de Notícias do Paraná

A revitalização da orla de Matinhos, no litoral paranaense, chegou a 86% das obras concluídas. A informação é do balanço divulgado pelo Instituto Água e Terra (IAT), no último dia 1°. A previsão é de que a revitalização seja concluída no segundo semestre de 2024. Mas, segundo o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT e coordenador da obra de revitalização da orla de Matinhos, José Luiz Scroccaro, a obra avança a “passos largos” e pode ser entregue antes.

LEIA MAIS – No Paraná, governo de Ratinho Jr tem aprovação e Lula rejeição; veja pesquisa

Em agosto, as obras avançaram com a conclusão de estruturas como o espigão da Praia Brava, guia de correntes da Avenida Paraná e os headlands dos balneários Riviera e Flórida. O headland é um pouco maior que o espigão, com 120 metros de comprimento, e serve para garantir a segurança na estabilidade da areia da praia.

O IAT informou que a construção dos guias-correntes de Matinhos está em 85%. A urbanização de Caiobá chegou a 65% e a dos demais balneários a 75% dos trabalhos previstos. “As estruturas andaram bem. A parte de paisagismo também. A macrodrenagem alcançou mais de 80% e a microdrenagem 16%. A obra teve um rendimento bom. A fiscalização está satisfeita com o andamento das obras”, disse Scroccaro.

VIU ESSA? Desfile de 7 de setembro em Curitiba reúne blindados, militares, estudantes, e mais; Veja as fotos!

O coordenador da obra de revitalização da Orla de Matinhos destacou que o objetivo é que o serviço que envolve a parte da praia, da Avenida Atlântica para o mar, seja finalizado ainda neste ano, “para que, na temporada, não tenha obras”. Com isso, faltariam as obras de microdrenagem, que ficariam para 2024.

Revitalização se concentra em ruas e outros pontos da orla de Matinhos

Com diversas estruturas bem encaminhadas, o projeto de revitalização se concentra em outros pontos da orla e, também, em algumas ruas de Matinhos que receberão a nova formatação de drenagem. Isso será essencial no controle e diminuição das enchentes.

LEIA AINDA – Novo viaduto em Curitiba promete acabar com trecho caótico na divisa com a RMC; Edital é lançado!

A macrodrenagem alcançou 90% de conclusão e a microdrenagem, iniciada em maio, alcançou 16% dos trabalhos previstos. O projeto inclui uma passarela metálica sobre o Rio Matinhos, para pedestres e ciclistas, à margem da faixa de areia. A estrutura está sendo erguida.

Revitalização da Orla de Matinhos está sendo em duas etapas 

A obra de revitalização da orla de Matinhos está sendo feita em duas etapas. O valor total é de R$ 500 milhões, com a fase inicial de investimento de R$ 314,9 milhões. A primeira etapa engloba serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico, canais de macrodrenagem, estruturas marítimas semirrígidas e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas. As intervenções no litoral são entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida.

VEJA TAMBÉM – Gigante farmacêutica que produz famoso hidratante labial fatura R$ 25 milhões no PR

Uma segunda etapa, que ainda não tem data anunciada, terá a recuperação do trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne e a instalação de novos equipamentos urbanos.

A avaliação da administração estadual é que a revitalização terá impacto aos moradores de Matinhos. “Primeiro, é ter uma revitalização adequada do litoral de Matinhos e minimização das cheias com macro e microdrenagem. Teremos mais veranistas indo para o litoral e desenvolvimento econômico em Matinhos”, projeta Scroccaro.

Morador de Matinhos diz que demora da obra é o principal problema

A revitalização da orla de Matinhos é marcada por contestações jurídicas. Em junho do ano passado, o Ministério Público do Paraná acionou a Justiça contra a engorda da orla, sob o argumento de que traria “danos irreparáveis”. A obra também foi questionada por professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).  

Apesar disso, morador de Matinhos há 13 anos, Juliano Fontana acredita que o projeto tem mais pontos positivos do que negativos. “Os pontos positivos são as faixas de ciclovia, corrida e caminhada, sendo separadas. Para nós, que praticamos esporte, ajuda a termos espaços dedicados. As pracinhas que estão sendo feitas para descanso e boas conversas. Na minha opinião, são fantásticas, acredito que impulsione o turismo”, afirmou.

Dentre os pontos negativos, Juliano comentou sobre a demora da obra. “A maior dificuldade do comércio é o transtorno causado pela demora na execução, pois estamos vindo de dois anos de pandemia. Temporada passada, que seria a melhor dos últimos tempos, tivemos desabamentos nas estradas. Agora ainda teremos a obra, dificultando o trânsito dos turistas. [Mas] vamos ver o que acontecerá”, falou.

Evolução de cada parte da obra na orla de Matinhos:

  • Total da obra: 86%  
  • Espigão Praia Brava: 100% 
  • Guias Correntes Av Paraná: 100% 
  • Guias Correntes Matinhos: 85% 
  • Headland Riviera: 100% 
  • Headland Flórida: 100% 
  • Urbanização Caiobá: 65%
  • Urbanização Balnearios: 75%
  • Macrodrenagem: 90% 
  • Microdrenagem: 16% 
  • Tetrápodes produzidos:  4.671
  • Tetrápodes lançados na Praia Brava = 340 (100%) 
  • Tetrápodes lançados no Flórida = 681 (100%) 
  • Tetrápodes lançados no Riviera = 681 (100%) 
  • Tetrápodes lançados no Rio Matinhos Norte = 469 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Paraná Sul = 1.241 (100%) 
  • Tetrápodes lançados no Rio Matinhos Sul = 160 (17%) 
  • Assentamento Macrodrenagem:  1050 metros (80%) 
  • Assentamento Microdrenagem: 2.300 metros (9,4%) 

Faixa de infraestrutura: Justiça Federal anula licença prévia

Outra obra que está sendo planejada pelo governo paranaense para o litoral sofre com impasse judicial. A faixa de infraestrutura, em Pontal do Paraná, prevê a construção de uma rodovia paralela à PR-417, passando por uma faixa de Mata Atlântica. A obra tem custo estimado em mais de R$ 270 milhões. O Instituto Água e Terra (IAT) é o responsável por emitir as licenças ambientais da obra.

No último dia 23, a Justiça Federal determinou a anulação da licença prévia, do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental do projeto da faixa de infraestrutura. Cabe recurso. Além de anular a licença prévia para as obras, a Justiça Federal condenou o IAT a:

  • Obrigação de fazer consistente na elaboração de novo Termo de Referência, e do Estado do Paraná e DER à obrigação de fazer consistente na elaboração de novo EIA/RIMA em relação às faixas de infraestrutura de ramal hidroviário, ferroviário, rodoviário, gasoduto, linha de transmissão de energia elétrica e faixa destinada à empresa concessionária de saneamento.  
  • Obter, no âmbito do licenciamento ambiental do empreendimento em questão, a manifestação dos órgãos públicos federais (ICMBio, IBAMA, FUNAI e IPHAN).
  • Obter, no âmbito do licenciamento ambiental do empreendimento em questão, regular consulta às comunidades tradicionais e indígenas impactadas. 

O IAT respondeu que, “quando intimado, cumprirá integralmente com a decisão judicial”. O órgão acrescenta que um novo requerimento de licenciamento ambiental deverá ser apresentado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), “respeitando todos os aspectos legais”, disse, em nota. O DER-PR disse que tomará todas as medidas necessárias visando a execução da obra conforme a determinação judiciária.

No acesso ao litoral, ferry boat não tem cobrança até o fim do ano

Ainda a quem vai ao litoral, a previsão é que a travessia de ferry boat de Guaratuba não tenha cobrança até o final do ano. Isso porque foi realizado um novo contrato para o serviço, no mês passado. A Internacional Marítima Ltda. foi a vencedora da licitação e ficará responsável por operar a travessia pelo prazo de 25 meses. O valor do novo acordo é de R$ 131 milhões.

Por conta da mudança de contrato, a tarifa não será cobrada até o final deste ano, com possibilidade de ser prorrogado por mais tempo, caso necessário. As obras no ferry boat do litoral paranaense devem começar até o fim do ano. A previsão é que sejam contempladas adequações das vias de acesso à ponte.

Entre outras obras previstas estão estrutura flutuante para manutenção, rebocador para apoio, painel de mensagens variáveis em LED, guindaste móvel sobre pneus, fornecimento de combustível e contratação da mão de obra necessária para a operação.

E o pedágio?

O edital do segundo lote do novo pedágio no Paraná é o que contempla o trecho capital-litoral, envolvendo a BR-277. A tarifa básica da proposta é de R$ 11,92 a cada 100 quilômetros de concessão de pista simples. Para trechos de pista dupla há acréscimo de 40%, gerando uma tarifa básica de R$ 16,69 por 100 quilômetros.

O leilão da concessão vai acontecer no dia 29 de setembro, na Bolsa de Valores (B3) de São Paulo, e o contrato está previsto para ser assinado em 26 de janeiro de 2024. O modelo é o de menor tarifa: ganha quem apresentar a proposta com valor mais baixo.

No litoral, uma das obras previstas é a faixa adicional na BR-277, na Serra do Mar, entre os quilômetros 29 e 70,4. O trecho enfrentou sucessivos problemas na última temporada de verão. Outra obra prevista é a duplicação da PR-407, entre Paranaguá e Pontal do Paraná, que deve ficar pronta no quarto ano de concessão.

Você já viu essas?

Denúncia de crime ambiental para derrubada de centenas de árvores em Curitiba
Denuncie!

Denúncia de crime ambiental para derrubada de centenas de árvores em Curitiba

Bar raiz em Curitiba “captura” clientes por horas; Comida boa, cerveja gelada e proteção do Papa
Clássico!!

Bar raiz em Curitiba “captura” clientes por horas; Comida boa, cerveja gelada e proteção do Papa

“Uber” para caminhoneiros, empresa de Curitiba fatura milhões
Inteligência

“Uber” para caminhoneiros, empresa de Curitiba fatura milhões

Whatsapp da Tribuna do Paraná
RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.