9 anos de prisão

Motorista é condenado em Curitiba por atropelar e matar criança de três anos

O motorista Bruno Alisson Batista Ventura foi condenado a nove anos de prisão. Foto: Divulgação/TJ-PR

Bruno Alisson Batista Ventura foi condenado a nove anos de prisão pelo homicídio do menino Marcelo Jardim, de três anos, morto em 2019, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. A condenação foi feita após julgamento realizado na quarta-feira (22). Bruno atropelou o menino quando dirigia alcoolizado e acima da velocidade permitida na via.

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O júri teve início no começo da tarde e durou quase seis horas. Foram ouvidas duas testemunhas de acusação: Andressa Oliveira, mãe de Marcelo, e Jader Rodrigues, que trabalhava no supermercado em frente ao local onde a criança foi atropelada.

Após o depoimento das testemunhas, o réu foi chamado para dar sua versão do fato. Bruno relatou que não viu Marcelinho vindo em direção à rua, reconheceu que havia consumido álcool e que estava sem a carteira de habilitação no momento do atropelamento. “Para mim foi uma fatalidade, eu não tive tempo de reação”, confessou.

Alcoolizado, sem CNH e acima da velocidade

Além de estar alcoolizado e sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o laudo do Instituto de Criminalística do Paraná demonstrou que o motorista estava acima da velocidade permitida na Rua Professor Kloldi Jane Assis, no Sítio Cercado. De acordo com a perícia, o trecho tem velocidade máxima de 40 km/h, e Bruno dirigia a pelo menos 54 km/h. A investigação da Polícia Civil também revelou que Bruno já tinha sido preso por dirigir sem habilitação e por embriaguez ao volante, em 2017.

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A decisão do júri de condenar Bruno por nove anos de prisão em regime fechado foi comunicada pelo juiz Daniel Avelar. O magistrado lembrou que o réu também responde por outras condenações.

O advogado Abner Fugaça, representante de Bruno, informou que vai analisar a decisão e se manifestará no processo. Já o advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa da família de Marcelinho, disse que o júri aplicou a lei. “Entenderam que fato como este deve ter uma reprimenda à altura. A soma de estar sem carteira, na contramão, embriagado, com veículo ‘pizera’, são fatores essenciais à assunção do risco. Julgamos hoje um crime de homicídio e não mero acidente”, disse para a RPC.

Relembre o caso

No dia 25 de outubro de 2019, uma criança foi atropelada na Rua Professor Kloldi Jane Assis, no Sítio Cercado, em Curitiba. Marcelo Henrique Marques Jardim chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista do veículo, Bruno Alisson Batista Ventura, foi preso em flagrante por homicídio qualificado. Segundo a Polícia Militar (PM), o condutor tinha ingerido bebida alcoólica e o teste do bafômetro apontou 0,23 mg/l de álcool.

De acordo com a mãe do pequeno Marcelo, a criança saiu de casa para ir ao mercado com a vizinha. Na saída do estabelecimento ocorreu o atropelamento. “Um louco bêbado atropelou meu filho. Matou meu filho. Ele tentou fugir do local, o pessoal segurou até a chegada da polícia. Ele acabou com a minha vida, só queria meu filho de volta, nada mais”, desabafou a mãe, em entrevista à RPC.

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