Gigante dos alimentos!

Empresa de Curitiba ganha o Brasil e produz mais de 550 mil refeições por dia

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Do Xaxim, em Curitiba, para sete estados do Brasil. O Grupo Risotolândia comemorou no fim de agosto, 70 anos de fundação, levando alimentos para milhares de brasileiros, nas mesas de escolas, hospitais, presídios e empresas. Uma história marcada pela família Gusso, que apostou no risoto, um prato simples com frango e arroz. Após sete décadas de empenho, estudo e modernização, o que começou como restaurante pequeno, com paredes de madeira e louças simples, a empresa hoje situada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba tornou-se o palácio do risoto.

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Atualmente, o Grupo Risotolândia produz diariamente mais de 550 mil refeições no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Para atender os pedidos e contratos, são 5.200 colaboradores, sendo 86% deles mulheres.

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Os números impressionam e reforçam a grandiosidade da empresa paranaense, que utiliza mensalmente 780 mil ovos, 195 toneladas de arroz, 100 toneladas de farinha de trigo, 81 toneladas de feijão, 25 toneladas de macarrão, 52 toneladas de leite em pó e mistura láctea e 155 mil unidades de iogurte de polpa. Fora os 75 mil quilos de bolos, 2,5 milhões de unidades de panificados (pães e chineques) e outros 32 mil quilos de doces variados como tortas, brigadeiros e pudins.

Famoso risoto de frango

Tudo começou em 1953, pelas mãos do casal Cenira e Carlito Gusso. Nas quintas-feiras e aos domingos, eles preparavam o risoto que era servido na Sociedade 5 de Julho, no bairro Xaxim. Frango caipira, queijo de primeira e o arroz servido al dente. Da Sociedade 5 de Julho, a fama pelos clubes aumentou e a Sociedade Morgenau e o Thalia também passaram a servir o famoso risoto. O contato com as pessoas influentes da cidade acabou proporcionando oportunidades para expandir a forma de negócio. 

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Já no fim da década de 1970, Cenira e Carlito convidam o filho Antônio Carlos Gusso para trabalhar junto. Com mais energia e vislumbrando o crescimento da empresa, a grande aposta surgiu em algo que não era comum na época, a de levar alimentação para uma fábrica. Com fusca lotado de marmitas, ele começa a atender a Labra (Indústria Brasileira de Lápis), em Araucária.

Na época, 90 refeições eram transportadas diariamente para atender a empresa que funcionava praticamente ao lado do Terminal da Vila Angélica. “Ele fazia o trajeto da Sociedade Morgenau, onde estava a cozinha, até a sede da Labra. Depois eles montam uma cozinha industrial com 250 metros quadrados para atender a demanda”, relembrou Carlos Humberto de Souza, diretor presidente do Grupo Risotolândia. 

Em 1981, a primeira cozinha industrial com capacidade produtiva de 3 mil refeições diárias foi construída em Araucária e, cinco anos depois, a empresa atingiu a marca de 16.500 refeições diárias com 400 colaboradores. 

Apoio de Jaime Lerner

No começo da década de 1990, o prefeito então de Curitiba, Jaime Lerner, instituiu a alimentação nas escolas integrais, mas a infraestrutura dos centros educacionais não permitia uma cozinha. Foi quando a Risotolândia começou a preparar mais de 60 mil refeições diárias e com 700 profissionais na produção. Nesta época, a marca se consolida como líder paranaense em refeições coletivas.

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“Foi a oportunidade que deu certo. As escolas não tinham um grande espaço, talvez uma cantina. A partir dali, o nome da Risotolândia cresceu demais. As pessoas de fora começaram a nos conhecer, a expansão no início foi aos poucos, com receio, mas tudo foi bem analisado e pensado em todo o processo. É desafiador até hoje, responsabilidade extrema, mas acredito que o segredo da Risotolândia são as pessoas. É preciso manter a história, a tradição e o envolvimento. O momento é oportuno para reafirmar o nosso propósito de contribuir para um mundo melhor, onde negócios e causas de impacto caminham juntos para transformar positivamente a sociedade e o meio ambiente, com pessoas felizes e, acima de tudo, saudáveis”, finaliza Carlos Humberto.

Rotina de fábrica

Aline Vicentine, nutricionista Coordenadora Operacional, está sete anos na Risotolândia. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

No Centro de Distribuição de Araucária, o ritmo de fábrica é constante. São 24 horas de funcionamento para servir todo tipo de público. Nas escolas, a empresa precisa pensar na criança que tem algum tipo de intolerância alimentar, ou seja, ela não pode comer de jeito nenhum. Atualmente, são 1.800 crianças que são atendidas por dietas especificas. Aline Vicentine, nutricionista Coordenadora Operacional, está sete anos na Risotolândia, reforça que o trabalho em equipe é fundamental para ter mais acertos dentro do sistema operacional.

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“A gente precisa ter muito acerto dentro da produção. É preciso cuidar de todos os protocolos e toda parte de segurança alimentar, além dos programas de alimentação infantil.  Hoje a gente trabalha com refeições que, por exemplo, um aluno não pode ingerir cheiro verde, não pode crustáceo, sem gluten, sem corante. Todos os turnos tem acompanhamento de nutricionistas na produção, digo que temos a essência da Risotolândia. Tudo que acontece na cozinha, temos o tempero da empresa”, valorizou Aline que se junta ao grupo de 65 nutricionistas.

Carreira e crescimento 

Essa valorização de vestir a camisa da empresa tem um campeão. Ezequiel de Oliveira Daniel, 49 anos, e 33 de Risotolândia. Começou como office boy e hoje é gerente de Recursos Humanos em Relações Trabalhistas. Segundo ele, a longa permanência no mesmo emprego representou crescimento também longe dos muros da firma. “Acredito que a filosofia da empresa representou meu crescimento profissional e pessoal. Esse desenvolvimento proporcionou oportunidades aqui dentro, gosto da cultura daqui, da informalidade, fora o risoto que é maravilhoso”, brincou Ezequiel. 

Ezequiel de Oliveira Daniel, 49 anos, e 33 de Risotolândia. Começou como office boy e hoje é gerente. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

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