Pandemia se agrava

Curitiba tem UTIs covid-19 de quatro hospitais lotadas; São 37 leitos livres

Hospital do Trabalhador de Curitiba
Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

O sinal de alerta para o aumento de casos do novo coronavírus segue ligado e preocupa autoridades de saúde de Curitiba e no Paraná. Quatro hospitais de Curitiba e região não têm mais vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para adultos exclusivos para covid-19. Além disso, outros três ultrapassam os 90% de ocupação. Nesta segunda-feira (22) o total de preenchimento de vagas em UTIs SUS da capital paranaense chegou a 90%.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), os hospitais Vitória, Santa Casa, Rocio e a UPA Boqueirão estão com 100% de ocupação. Outros centros hospitalares como o Hospital de Reabilitação, Evangélico e Trabalhador estão também com grande movimentação (98%, 93% e 92% respectivamente).

Em outros hospitais, a taxa de ocupação é menor, mas estão acima dos 50%. O São Vicente está com 80%, Clinicas com 60% e Cruz Vermelha e Erasto Gaertner estão com 60% de ocupação.

Ocupação maior que 90%

Historicamente Curitiba já teve uma taxa de ocupação maior que os atuais 90%. Na época, em julho de 2020, a capital tinha 93% das UTIs ocupadas, com apenas 24 leitos disponíveis aos pacientes de covid-19.

Questionada sobre a capacidade máxima de Curitiba, a prefeitura informou à Tribuna que não existe um número máximos de UTIs definido, já que existe um giro de pacientes que ocupam e desocupam os leitos diariamente. Porém, em dezembro de 2020, ao liberar o hospital Victor Ferreira do Amaral para atender a demanda de casos, foi informado que a capacidade hospitalar da poderia chegar a até 880 leitos.

Lockdown em Curitiba?

Emanuel Maltempi de Souza, presidente da comissão de enfrentamento à covid-19 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), acredita que um possível colapso no Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba resultaria no primeiro lockdown na capital desde o começo da pandemia.

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“É uma explosão no número de casos novos e resulta em uma explosão no número de mortes e antes resulta em um aniquilamento na capacidade de atender estas pessoas no Sistema Único de Saúde. Se chegarmos em uma situação sem nenhum leito disponível e comece a formar filas, o lockdown será necessário”, disse Emanuel para a RPC.

Atualmente em Curitiba, são 37 leitos livres com a ativação de dez de UTI no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns. Nos dois últimos dias, domingo e segunda-feira (21 e 22), Curitiba registrou mais 1.158 novos casos de covid-19. Com os novos números, a quantidade de casos ativos aumentou mais 400. Atualmente, 5.487 pessoas seguem com o vírus ativo e com potencial de transmissão da doença. Até agora, Curitiba totaliza são 2.841 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia.