Boas lembranças

Ex-companheiros se despedem com emoção de Dirceu Krüger

Aladim relembrou dos bons tempos de parceria com Krüger dentro de campo. Foto: Lineu Filho

Na noite da última quinta-feira (25), aconteceu a despedida a Dirceu Krüger, ídolo do Coritiba, que faleceu aos 74 anos em decorrência de complicações de uma cirurgia no intestino. Além de familiares, amigos, torcedores do Alviverde, admiradores e ex-companheiros estiveram presentes no velório, realizado no espaço Belfort Duarte, no Couto Pereira. Jogadores que fizeram parte de uma Era de Ouro do Coxa comentaram como foram privilegiados por terem convivido com o Flecha Loira.

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Um dos amigos de longa data, o ex-ponta Reinaldinho, que dividiu os gramados com o Flecha no tri do Paranaense entre 1971 e 1973, lembrou da generosidade de Krüger em compartilhar conhecimento.

“O Krüger era um agregador. Fazia amizade com todos, não tinha inimigos, orientava e acolhia quem estava chegando. Vocês não imaginam a violência que ele passou com aquela contusão em 1970 e depois disso ele fez o gol do título em 1972. Aquilo foi uma coisa extraordinária”, relembrou o amigo, que também conviveu profissionalmente com o ídolo coxa-branca.

“Convivi com ele em campo, tive o prazer de vê-lo jogar e depois trabalhei cinco anos no clube convivendo com ele na parte administrativa. Foi muito gratificante, me sinto privilegiado por ter convivido com ele”, relembrou.

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Reinaldinho destacou que para enfatizar a importância de Krüger para o Coxa não é necessário falar muito, pois os feitos dele falam por si só. “O que tem para falar de uma pessoa que ficou 53 anos em um time de futebol? Nem é preciso comentar nada”, enfatizou.

Reinaldinho lembrou da personalidade do Flecha Loira, dentro e fora de campo. Foto: Lineu Filho
Reinaldinho lembrou da personalidade do Flecha Loira, dentro e fora de campo. Foto: Lineu Filho

Outro amigo de longa data que conviveu com o Flecha dentro e fora dos gramados, o ex-atleta Aladim lamentou a perda de mais um grande ícone da história do Coritiba.

“É uma perda inestimável, ainda mais sabendo que há pouco tempo perdemos o Jairo”, disse ele, relembrando do Pantera Negra, outro grande ícone do Alviverde, que faleceu em fevereiro deste ano.

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Na opinião de Aladim, dificilmente haverá tão cedo uma pessoa tão dedicada ao Coxa quanto Krüger. “Tive o prazer de jogar ao seu lado. Excelente jogador e pessoa. O trabalho que ele fez no Coritiba é incomparável. Não haverá jogador algum neste século que fará o que ele fez como jogador e funcionário. O Coritiba e o futebol brasileiro lamentam essa perda”, afirmou o ex-jogador, que atuou com o ex-companheiro entre 1972 e 1976.

“Fica a lembrança daquela corrida que ele fazia pelo lado de campo, pensando no time e tocando a bola pra gente fazer o gol. Escutei uma entrevista em que falou que não sabia se merecia todas as homenagens que sempre recebeu. Certamente ele não tinha ideia do poderio dele”, arrematou Aladim.

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