Em “Eu me Importo”, da Netflix, a vingança é um prato que se come rindo

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Cena de "Eu me Importo". Foto: Divulgação/Seacia Pavao/Netflix

Ambição, queira ou não, é um sentimento que todo mundo carrega um pouco dentro de si. Alguns nutrem de forma sutil, apenas desejando possuir bens para o próprio conforto e almejando o sucesso, licitamente. Já para outros, nada importa e a busca pelo poder pode ser conquistada pela ganância e cobiça. E é com este aspecto pejorativo que o novo filme da Netflix, lançado na última sexta-feira (24), “Eu me Importo”, coloca a ambição como temática principal.

O longa é estrelado por Rosamund Pike, atriz conhecida por dar vida à vingativa Amy no suspense “Garota Exemplar”, que retorna no papel de anti-heroína ao lado de Peter Dinklage, ator da série de “Game of Thrones”, e Dianne Wiest (A Mula). A direção conta com o mesmo diretor de “A 5ª Onda”, J. Blakeson.

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Cena de “Eu me Importo”. Foto: Divulgação/Seacia Pavao/Netflix

“Eu me Importo” conta a história de Marla Grayson (Rosamund Pike) que trabalha como guardiã legal de idosos incapacitados de se cuidarem sozinhos. Junto com sua parceira de crime, elas começam a aplicar golpes nos seus clientes. No entanto, acabam caindo em uma cilada após administrarem o patrimônio de uma misteriosa senhora de 70.

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Uma deliciosa comédia policial. O longa é um thriller com boas doses de humor. O cineasta J. Blakeson, além de dirigir, assina o roteiro e mostra sua capacidade em criar várias situações surpresas com desfechos plausíveis e com frases impactantes, como: “jogar limpo é uma piada inventada pelos ricos para manter o resto de nós pobres”. E se destaca pela sua direção em cenas ágeis, fazendo o público se esquecer do tempo e ficar hipnotizado para descobrir o desenlace da trama.

No entanto, J. Blakeson acaba se perdendo em alguns pontos do filme, que traz um roteiro que caminha para originalidade, mas acaba caindo na mesmice. Seus desfechos são clichês e alguns, não possuem o fechamento merecido.

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Cena de “Eu me Importo”. Foto: Divulgação/Seacia Pavao/Netflix

Rosamund Pike mais uma vez entrega ao público uma ótima protagonista anti-heroína. A atriz se destaca, assim como foi em “Garota Exemplar”, por desmascarar com a sua beleza a mulher cobiçadora e soberba que sua personagem é. Já Dinklage e Wiest são os coadjuvantes certeiros para o brilho de Pike.

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Liderando o Top 10 de produções mais vista na Netflix, “Eu me Importo” possui seus defeitos, mas mesmo assim, é um ótimo filme para conquistar o grande público dos assinantes por possuir grandes estrelas, cenas de ação e uma boa dose de comédia. Fórmula perfeita para o sucesso.

Avaliação: ⭐⭐⭐
Pra quem curte: Comédia policial
Pra assistir com: amigos ou crush
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