Parece que muito tempo passou, mas faz apenas 40 dias que o zagueiro Márcio, do Coritiba, sofreu um ataque racista na internet. O caso ficou em segundo plano diante da crise do time no Campeonato Brasileiro, mas seguiu seu caminho entre os órgãos de segurança. E está andando.
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Nesta semana, o Nuciber, a delegacia de crimes virtuais da Polícia Civil, indiciou o torcedor que xingou Márcio de “afrodescendente de merda” no Facebook por conta do erro do jogador na partida contra o Vitória, no dia 28 de agosto – derrota alviverde para os baianos. Num lance em que Alan Santos faria o gol de empate, a jogada foi anulada porque Márcio acertou Tréllez com um chute e acabou expulso.
Logo depois da partida, com a repercussão do caso, o Coritiba relançou a hashtag #nãoaoracismo, e Márcio confirmou que iria denunciar o caso. A página Coritiba M1L GR4U, que veiculou a ofensa ao jogador, acabou excluindo o comentário e postou uma mensagem pedindo desculpas e informando que o autor do texto tinha sido excluído do grupo. Mais tarde, esse post também foi apagado.
Mesmo assim, Márcio registrou o boletim de ocorrências no Nuciber. Em seu Instagram, também lamentou o caso. “Sou ser humano também, falho e erro. Assumo a responsabilidade. Mas isso não justifica falar da cor da minha pele, sou afrodescendente sim e isso não me faz diferente de ninguém, afinal somos todos carne e osso!”, escreveu.
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Agora, com o indiciamento, a situação do torcedor, que tem apenas 18 anos, fica a cargo da Justiça. Se for condenado, ele pode receber pena de um a três anos de prisão, além de multa. O Coritiba também pode tomar medidas administrativas, impedindo os torcedores que administram a página do Facebook de entrarem no estádio Couto Pereira.