Xô, doença!

Como melhorar a imunidade neste inverno em plena pandemia de covid-19?

Foto: Polina Tankelevicht / Pexels

Com a chegada do inverno, que no Paraná deverá ter frio menos persistente neste ano, a preocupação com imunidade cresce. Afinal, os meses mais frios do ano são os que mais registram casos de doenças respiratórias, pois as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados. Desta vez, a imunidade também se torna essencial por se tratar de um período de pandemia de coronavírus. Segundo boletim mais recente, por exemplo, Curitiba tem 109 mortos e 2.885 casos confirmados desde a primeira contaminação.

Para o médico infectologista do Hospital Emílio Ribas, de São Paulo, Jean Gorinchteyn, uma alimentação balanceada, uma boa noite de sono, vida tranquila e atividades físicas ajudam na imunidade, mas não impedem que as pessoas entrem em contato com os vírus.

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Na visão do especialista, a imunidade é essencial mas não atua sozinha. “São medidas fundamentais, mas aliadas a fatores de prevenção que são: evitar aglomerações, manter o distanciamento social, usar máscaras e fazer a higienização frequente com água e sabão ou álcool gel”, garante o profissional. Ele lembra ainda a importância de se vacinar contra a gripe.

No inverno, estação seca, há também uma tendência ao maior número de quadros alérgicos, como a rinite e sinusite. “Alguns pacientes, como os asmáticos, podem ter a asma reduzida principalmente por que é um período que chove menos e a dispersão de poluentes tende a ser menor”, garante.

Para quem está seguindo o distanciamento social em casa, a recomendação do médico é manter os ambientes arejados, ventilados, mesmo em dias mais frios. Para quem tem problemas alérgicos, é importante evitar cortinas, tapetes e pelos de animais. “Temos que pensar que as pessoas que tiverem sintomas devem ser avaliadas por um profissional para descobrir qual é o tipo de vírus presente”.

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É muito importante manter uma alimentação saudável e bons hábitos para garantir uma imunidade alta. Porém, o médico ressalta que boa saúde não é garantia de que a pessoa não possa ser infectada pelo novo coronavírus. Não é possível saber quem poderá desenvolver a forma mais grave da doença. “Percebemos que isso muitas vezes está relacionado também a um excesso de resposta inflamatória. Quanto maior a resposta inflamatória, maiores os impactos que o coronavírus causa no organismo”, salienta o infectologista.

Foto: Pixabay.

Alimentação balanceada

Uma alimentação balanceada e variada é ideal para manutenção da saúde, garante a nutricionista Vera Salvo. Quando se trata de imunidade, a especialista afirma que não existe um único alimento que possa elevar sozinho as defesas do organismo. “Devemos escolher, principalmente, os alimentos frescos, in natura, evitando o máximo possível os alimentos industrializados, ultra processados que têm muito açúcar, sal, gordura, e acabam sendo pró-inflamatórios”, explica.

Assim como manter uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, é preciso também cuidar da hidratação, seja com água, sucos naturais ou chás. Um organismo bem hidratado colabora com a saúde intestinal e a manutenção da microbiota — os micro-organismos que habitam o intestino. É a microbiota que barra bactérias nocivas e indesejáveis para o organismo.

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A hidratação auxilia ainda na fluidez do sangue. Ao beber pouco, a pessoa pode comprometer o transporte de nutrientes, oxigênio, deteriorando a atividade celular. A desidratação pode comprometer a resposta imunológica do corpo, principalmente reduzindo as células importantes para o combate às infecções.

Para fortalecer o sistema imunológico, a nutricionista indica alimentos ricos em vitamina C (como acerola, goiaba, laranja, limão e verduras como a couve e brócolis), vitamina D (peixes, ovos, laticínios), vitamina E (trigo, azeite, abacate, oleaginosas), ácido fólico (vegetais escuros, leguminosas), zinco (semente de ábobora sem casca, carne vermelha, aves e frutos do mar), carotenóides, que dão a cor alaranjada e avermelhada nos alimentos (cenoura, damasco, manga, abóbora, frutas vermelhas), e óleos ômega 6 e 3 (presente nos peixes, semente de chia, óleo de soja e de canola). 


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