Taxista seqüestrado por ladrões

O motorista de táxi Antônio Carlos Ribeiro, 42 anos, passou por maus bocados na tarde de ontem, ao ser obrigado a dar fuga para marginais que assaltaram uma empresa na Vila Lindóia. Graças ao trabalho de policiais militares, o trio – dentre eles um menor – foi detido e o dinheiro do assalto recuperado. Gilson Vieira dos Santos, 32 anos, e Donozeti Aparecido Damasceno, 30, foram encaminhados para o 7.º Distrito Policial (Vila Hauer). O menor, de 17 anos, foi encaminhado à Delegacia do Adolescente.

De acordo com a PM, por volta das 14h30 dois homens encapuzados e armados com revólveres invadiram a empresa Metal Resedil, situada na Rua Men de Sá. Um terceiro comparsa permaneceu na frente do local dando cobertura. Após renderem funcionários, arrecadaram pouco mais de R$ 3 mil e empreenderam fuga. Algumas quadras adiante, o trio parou o táxi Santana placa AHX-9234, que transitava na Rua Maestro Francisco Antonelo.

Pensando tratar-se de uma corrida, o taxista parou o veículo e os três suspeitos embarcaram. Pediram para que fossem levados para a Vila São Pedro. Durante o trajeto, um dos indivíduos, que estava no banco traseiro, sacou do revólver e encostou nas costas do taxista. “Vai tocando aí”, teria dito o marginal.

Abordagem

O taxista seguiu rumando para a Vila São Pedro, sempre transitando em ruas de pouco movimento, conforme ordenado pelos marginais. Quando entrou na Rua 1.º de Maio, o táxi começou a ser seguido por uma viatura 4776, do 13.º Batalhão da PM, cujos policiais já estavam patrulhando a área atrás do táxi. Os PMs deram sinal de luz, para que o Santana parasse. “Já tínhamos recebido o alerta do assalto via rádio e procurávamos um táxi”, relatou o soldado Ronaldo.

Nesse momento, o taxista se sentiu pressionado: os PMs ordenando que ele estacionasse o carro e os marginais – com a arma apontada – mandando que ele seguisse em frente. Antônio decidiu parar.

Ele foi o primeiro a descer do veículo, após a ordem policial. Os suspeitos desceram logo depois, porém conseguiram esconder o dinheiro embaixo do tapete traseiro do Santana e uma das armas largada no banco. Devido a atitude suspeita, os policiais revistaram os indivíduos e conseguiram encontrar um revólver. Foram vistoriar o carro e localizaram a outra arma, capuzes e o dinheiro: R$ 3.071,00.

Susto

Recuperado do susto, Antônio disse que passou muito medo, principalmente quando a PM realizou a abordagem. “É a primeira vez que passo por uma situação de seqüestro como essa. Já havia sido assaltado duas vezes, como taxista, mas os marginais queriam apenas o dinheiro”, relembrou a vítima.

Apesar das evidências e das vítimas realizarem o reconhecimento, Gilson e Donozeti negaram qualquer participação no assalto.

Outro motorista vive drama

Um taxista foi uma nova vítima de seqüestro-relâmpago em Curitiba. Por volta da 1h de ontem, ele transitava pela Avenida Presidente Keneddy, com o seu táxi Corsa Sedan, quando foi abordado por dois indivíduos que fizeram sinal com as mãos pedindo para que ele parasse. Acreditando que eram clientes, o taxista parou e os dois homens entraram. O que foi para o banco traseiro já sacou uma arma e deu voz de assalto, solicitando que o taxista descesse do carro. Antes de ser colocado no porta-malas, ele deu aos marginais seus documentos pessoais e R$ 185,00.

Pelo depoimento, a vítima acredita que ficou presa no porta-malas – rodando com o carro – cerca de uma hora e meia. Depois disso foi liberado juntamente com o veículo na Rua Pernambuco, bairro Parolin. Além do dinheiro e documentos, os marginais levaram equipamentos eletrônicos do táxi, destinados ao uso de pessoas deficientes físicas. O caso foi registrado na Delegacia de Furtos e Roubos.

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