Soldado usa arma da PM para assaltar postos da BR-116

Quem deveria dar exemplo de boa conduta à sociedade acabou atrás das grades, na noite de anteontem.

O soldado Amauri Pinheiro, 31 anos, lotado no 17.º Batalhão da Polícia Militar (PM), é suspeito de roubo de carro e assalto a postos de combustível. Ele praticou os crimes usando a arma da corporação e foi reconhecido pelas vítimas.

Amauri foi pego quase 24 horas depois dos roubos, tentando voltar para casa. Além de ser indiciado em inquérito policial, responderá a um procedimento interno da PM, que poderá resultar em sua expulsão da corporação. A esposa do soldado poderá ser investigada, pela suspeita de ter sido coagida a dar um falso comunicado de crime.

De acordo com o capitão Carlos Eduardo Cidreira, por volta da 1h de segunda-feira, Amauri roubou um carro de um estacionamento no centro de Curitiba. Seguiu para Campina Grande do Sul, onde assaltou dois postos de combustível da BR-116. Avisada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) montou campana e Amauri passou, ignorando a ordem de parar. Na perseguição, o soldado capotou o carro, fugiu por um mato e não foi alcançado. Os R$ 432,00 em dinheiro e R$ 350,00 em cartões de recarga telefônica dos roubos foram recuperados.

Identificação

Divulgação/PM
Amauri foi reconhecido.

Amauri deixou cair sua pistola, com emblema da PM, no carro. Vítimas reconheceram o soldado, pela foto levada por policiais militares.

Às 3h40 de segunda-feira, depois do capotamento, a PM recebeu um chamado da esposa do soldado, informando que um homem encapuzado entrou em sua casa e levou a arma do marido. Amauri, segundo a esposa, estaria em Santa Catarina.

Prisão

O soldado foi preso perto de sua casa, no centro de Colombo, às 23h de anteontem. Ele foi levado à delegacia de Campina Grande do Sul, onde as vítimas dos assaltos o reconheceram. Amauri está recolhido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT). Ele estava na PM desde 2001 e, segundo o capitão Cidreira, nunca teve mau comportamento. (Assista ao vídeo).

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