Sindicato denuncia trabalho ilegal de PMs

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região está denunciando a atuação de policiais militares em serviço de segurança privada. O mais grave é que eles estariam utilizando armas da corporação e fazendo rondas com viaturas oficiais. O sindicato relaciona ainda 25 instituições, entre shoppings, farmácias, supermercados e casas noturnas, que estariam utilizando esse tipo de serviço.

De acordo com o presidente do sindicato, João Soares, é vedado ao policial militar atuar em empresas particulares, exercendo função remunerada. Isso, inclusive, faz parte do código de ética da PM. A denúncia, que foi entregue à Secretaria de Segurança Pública do Paraná, pede que os fatos sejam investigados. De acordo com Soares, a atuação de PMs em segurança privada vem provocando desemprego no setor.

Essa prática ilegal dos policiais, diz João Soares, só vem agravar um problema crescente na área de segurança particular: a clandestinidade. O presidente do Sindicato dos Vigilantes diz que no Paraná existem 68 empresas especializadas e legalizadas para atuar com segurança privada. Porém, outras 300 estariam atuando de forma ilegal. A proliferação dos clandestinos é devido o baixo custo. "Como não pagam os encargos trabalhistas, cobram 50% mais barato pelo serviço. No entanto, não há nenhuma garantia do trabalho, e as pessoas podem estar contratando um marginal", falou.

Corporação

A Polícia Militar informou que já destacou policiais do serviço reservado para investigar as denúncias, as quais, se forem comprovadas, poderão render punições que vão desde advertência até expulsão da corporação. Para que as investigações sejam concluídas com maior rapidez, a Polícia Militar está solicitando que o sindicato envie denúncias mais consistentes, apontando o nome e os locais onde os policiais estejam trabalhando de forma irregular.

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