Rapaz violentado e morto em Araucária

Vestindo somente cueca e camiseta e com duas ripas de madeira em cima das nádegas, em formato de cruz, o cozinheiro Cleiton Rodrigo Moreira Pires, 24 anos, foi encontrado morto às 10h de ontem, em um terreno baldio, na Rua Paulina Condessa Ferreira, bairro Costeira, em Araucária. O rapaz era homossexual e foi assassinado com um golpe de faca no pescoço, além de ser espancado a pauladas e violentado.

Apesar de Cleiton morar a duas quadras do local do crime, na Rua Bernardo Martins, Jardim Chantili, nenhum dos curiosos que foram até o local soube informar sua identidade. Nenhum documento foi localizado no local e nem o restante das vestes do cozinheiro. O único objeto encontrado foi um isqueiro verde. O rapaz só foi identificado à tarde, por amigos no Instituto Médico Legal de Curitiba. “Ele era homossexual e trabalhava em um empresa, em Curitiba. Não sei porque fizeram isto com ele”, lamentou Jussara, amiga da vítima.

Silêncio

Ao lado do terreno há várias casas, mas os moradores alegaram que não ouviram gritos durante a madrugada. “Eu durmo cedo e nunca escuto nada. Está madrugada foi clama. Até estranhei quando me falaram que havia um homem morto aí do lado”, disse Rosália, que mora ao lado do terreno baldio. “Eu não fui ver porque tenho medo. Pode até ser que a gente conheça”, acrescentou a mulher.

O perito Adilson, do Instituto de Criminalística, calculou que o rapaz foi assassinado por volta das 21h de quarta-feira, no mesmo local do encontro, conforme indicavam os respingos de sangue impressos no muro. “Só nas costas ele levou quatro pancadas e a ripa deve ser aquela encostada no muro. Não as que estavam sobre o corpo”, comentou Adilson.

Investigações

O delegado Jairo Estourílio, da DP de Araucária, disse que nos próximos dias irá ouvir familiares e amigos da vítima. “Eles devem informar o horário em que ele saiu, com quem estava e o que sumiu. Pelas informações que apuramos dificilmente foi latrocínio, já que a vítima foi violentada. Mas nenhuma hipótese está descartada”, disse o delegado Jairo Estourílio.

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