Laudos não esclarecem confronto que causou morte de agricultor

A Polícia Civil de Colombo recebeu ontem o resultado de alguns exames, solicitados ao Instituto de Criminalística, para esclarecer a morte do agricultor Deiviti Maicon dos Santos, 19 anos, em suposto confronto com policiais militares em 15 de julho. O mais esperado de todos, o residuográfico – que verificaria se Deiviti usou ou não arma de fogo -, deu negativo, mas não foi conclusivo.

Esse exame diria quem estava falando a verdade sobre o crime. Tiago Luís Machado, 21, afirma que seu primo Deiviti sequer estava armado e foi morto sem motivo. Já policiais militares da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) dizem que o agricultor reagiu a tiros a abordagem.

Mistério

O delegado Hamilton da Paz preferiu não manifestar conclusões. Não haver pólvora nas mãos do agricultor não garante que ele não tenha utilizado uma arma de fogo. Existe a possibilidade de a arma não ter soltado resíduo.

Já a perícia feita na pistola, entregue pelos policiais da Rone na delegacia como sendo a de Deiviti, também foi inconclusiva. De acordo com o resultado da perícia, não foi possível determinar a data aproximada do último disparo. Também não foi possível retirar as impressões digitais da arma, pois muitas pessoas a manusearam, antes de ser entregue na delegacia. O delegado diz que o inquérito está concluído e nos próximos dias deve ser encaminhado à apreciação do Ministério Público.

Crime

Deiviti e Tiago deixavam de moto a Festa do Vinho, quando foram baleados pelos policiais da Rone. O agricultor morreu na hora. O primo dele foi atingido no braço. No dia 24, os três policiais – o cabo Marcos Dorse Marinho, 35, e os soldados Wilson Clemente, 33, e Leonel Lourenço de Faria Júnior, 27 – foram presos, e soltos no último dia 1.º.

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