Assassinado com um tiro no rosto, um homem identificado como Jean Carlo Michelin, de aproximadamente 27 anos, foi encontrado em seu quarto, na pensão Paula Gomes, na rua de mesmo nome, Centro, às 17h30 de ontem. Apesar de ele morar no pavimento superior e existirem vários quartos no corredor, ninguém disse ter visto o assassino ir embora. Por enquanto, a polícia ainda não arrisca uma hipótese para o crime.
Jean estava deitado na cama e, embaixo dela, foi localizado um cachimbo, do tipo utilizado para fumar crack, porém, nenhuma droga foi encontrada no quarto. Embaixo da mesa estavam alguns pés-de-pato e, em uma bolsa, vários cintos de couro com cartucheiras. “Acredito que sejam objetos jogados fora e recolhidos pela vítima”, comentou o delegado Jaime, da Delegacia de Homicídios. Junto com o delegado Costa e os investigadores Marcelo e Magalhães, o policial tentava conseguir alguma pista para solucionar o crime. Não havia sinais de arrombamento na porta e, de acordo com levantamento inicial da perita Vilma, da Polícia Científica, a vítima foi morta com um tiro no rosto.
Sem informação
As portas dos quartos da pensão dão para um pátio interno, tanto os do andar superior como os do térreo. Mesmo assim, ninguém soube contar à polícia qualquer detalhe que levasse ao assassino ou ao motivo do crime. Disseram apenas ter ouvido o disparo e, em seguida, encontrado o corpo. “É difícil alguém não ter visto alguma coisa. Vamos tentar identificar testemunhas para solucionar o caso”, comentou Jaime.
Alguns moradores relataram que Jean morava há pouco tempo naquele local. Ele teria uma mulher que mora em Almirante Tamandaré e seria dona de um hotel, próximo ao Passeio Público. Sobre a rotina da vítima, a polícia não conseguiu nenhuma informação. Comentou-se apenas que Jean era cuidador de carros no centro. Chamou a atenção da polícia um curativo na barriga da vítima, sob o qual não existia nenhum ferimento. “Ele poderia usar isso para pedir esmola”, supôs o delegado.