O catador de papel Benedito, 38 anos, presenciou a morte do homem que acolhera em casa 15 dias antes. A vítima, conhecida apenas como “Perninha” ou “Toninho”, foi morta a tiros dentro do barraco, na Wilson Stadler, Pinheirinho, às 5h30 de ontem. As circunstâncias do assassinato, porém, ainda são duvidosas.
Ouvido pela Delegacia de Homicídios, Benedito disse que “Perninha”, apresentado por um conhecido, pediu abrigo em meados de janeiro e prometeu pagar aluguel ao fim de 30 dias. O novo inquilino não revelou o nome completo, mas falava que era fugitivo da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, e do 10.º Distrito Policial (Sítio Cercado). Ele também estaria envolvido com drogas e teria parentes em Rondônia.
Invasão
Benedito disse que ontem dormia no quarto e “Perninha” deitava no sofá quando um homem invadiu o barraco e atirou várias vezes no inquilino. “Na escuridão, só pude ver que estava de boné”, disse a testemunha. O atirador saiu e encontrou-se com uma mulher que o aguardava do lado de fora.
Alguns moradores do bairro, porém, contaram uma história diferente à Polícia Militar. Uma festa estaria ocorrendo dentro do barraco, e ao fim dela o crime teria ocorrido. De fato, a polícia encontrou garrafas vazias de bebida, carne assada na grelha e outros indícios de alguma comemoração. A DH procura novas informações sobre o caso.