Faltam mais informações sobre latrocínio

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) investiga os casos de latrocínio noticiados na edição de ontem da Tribuna, porém está encontrando dificuldades para dar continuidade às investigações devido às poucas informações repassadas por testemunhas. De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, nos três crimes que resultaram na morte de comerciantes, as testemunhas não conseguiram sequer passar características dos marginais para a confecção de retrato falado.

Sobre o assassinato de Paulo Jonck, 55 anos, ocorrido em 13 de setembro, o delegado informou que o inquérito policial já foi instaurado e busca-se os assassinos.

A polícia detém algumas informações que estão sendo averiguadas. Jonck foi morto em frente ao seu comércio, na Rua José Gomes de Melo, bairro Uberaba, ao entrar em luta contra dois bandidos.

No dia 25 de setembro, Alcimar José Chagas, 53 anos, foi morto ao tentar proteger o lucro obtido em sua distribuidora de doces durante o fim de semana, no bairro Sítio Cercado.

Dois adolescentes cometeram o crime e fugiram com a pochete da vítima contendo R$ 7 mil. Devido a escassez de informações, as investigações pouco evoluíram.

A DFR, agora, tenta levantar dados sobre a autoria da morte do comerciante Norberto Souza, 51 anos, que foi vítima de latrocínio na madrugada de 30 de setembro, dentro de seu bar na Avenida Winston Churchill, Capão Raso.

Um homem invadiu o estabelecimento durante o seu fechamento e, para roubar cerca de R$ 300,00, atirou contra o proprietário.

O assassino foi descrito como moreno claro, aproximadamente 30 anos e 1,75m de altura.

Informações que possam auxiliar na elucidação dos casos devem ser repassadas à DFR pelo telefone 3262-2800. ?São casos de extrema dificuldade. Para apurar as autorias é importante o repasse de informações por eventuais testemunhas?, finalizou o delegado.

Comerciante morre ao reagir a assalto

Provável reação a um assalto tirou a vida de mais uma pessoa em Curitiba. O comerciante Lourival Roberto Pessinato, 41 anos, foi baleado às 20h de domingo na Rua Fernando de Noronha, bairro Boa Vista. Encaminhado em estado grave para o Hospital Cajuru, a vítima não resistiu e morreu às 22h40. Caso se confirme o latrocínio (roubo com morte), este será o quarto caso de donos de estabelecimentos mortos por assaltantes, em poucos dias.

Pelas informações obtidas, a vítima havia saído de um estabelecimento comercial e, enquanto caminhava, foi abordada por um casal, que lhe deu voz de assalto. A vítima teria esboçado reação e foi atingida no peito. De acordo com o soldado Souto, da PM, as testemunhas não souberam informar o que os marginais pretendiam roubar. O patrulhamento foi reforçado na região, mas, apesar das diligências, nenhum suspeito foi detido. A Delegacia de Homicídios registrou a ocorrência e fica responsável pelas investigações.

Nunca reaja!

Diante dos casos de latrocínio envolvendo comerciantes, o delegado Rubens Recalcatti recomenda às vítimas de roubo que não esbocem reação, caso sejam rendidas por marginais. ?Além da reação ser sempre muito arriscada, os bandidos podem estar sob efeito de drogas, o que altera a conduta, tornando-os mais violentos?, explicou o policial. ?Alterados, os bandidos se tornam mais perigosos e atiram por qualquer coisa?, completou.

O delegado dá três dicas básicas:
– Nunca reagir;
– Atender à solicitação dos marginais, tentando demonstrar calma durante a situação;
Observar as características dos marginais, mas evitar o olhar dos bandidos para não haver retaliações.

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