Curitiba

Estelionatários são presos em frente a uma agência bancária

Dois golpistas venderam um terreno que não pertencia a eles no Boa Vista por R$ 350 mil. Depois de fechar o negócio, a vítima voltou ao local no dia seguinte e encontrou pedreiros fazendo um muro. Os trabalhadores disseram que a obra era feita a pedido do dono. Nesse momento, percebeu que tinha sido enganada e procurou a polícia. Os suspeitos foram presos na manhã de segunda-feira (28), quando tentavam descontar um dos cheques do pagamento.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, do 1.º Distrito Policial (Centro), na sexta-feira (258), Gilson Nilo Rocha, 45 anos, e Lourival Cunha Zanella, 59, mostraram o terreno à vítima, se passando por proprietários. Dali, eles foram até o cartório, onde fizeram a escritura, usando documentos falsos do verdadeiro dono do terreno, que está nos Estados Unidos. A vítima fez o pagamento em seis cheques administrativos (dois de R$ 100 mil, um de R$ 60 mil, um de R$ 65 mil, um de R$ 17,5 mil e um de R$ 500).

Surpresa

No sábado, após encontrar os trabalhadores no terreno e descobrir a farsa, a vítima procurou o 1.º DP. “Ela tentou sustar os cheques no banco, entrou na Justiça com pedido de liminar pedindo a sustação dos cheques e pediu uma liminar de acesso ao banco na segunda-feira, antes da abertura do expediente, para evitar perder todo o dinheiro”, explicou o
delegado.

Os policiais foram informados na segunda-feira que uma pessoa tentava descontar dos cheques em uma agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Sete de Setembro. A mulher que tentava fazer a transação foi indiciada, mas responderá em liberdade. Os dois homens aguardavam em um carro nas imediações e foram presos em flagrante por estelionato.

Segundo Recalcatti, Lourival já cumpriu pena pelo mesmo crime. “Eles são especialistas. Lourival é conhecido nosso há mais de 30 anos pela prática de estelionato”, disse. A investigação continua com o intuito de localizar outras pessoas envolvidas no crime. Em entrevista à imprensa, Lourival colocou a culpa do golpe em Gilson. “Não devo nada, minhas broncas eu já paguei”, afirmou. Gilson não quis declarar nada, apenas negou com a cabeça que tivesse envolvimento com o crime.