Desmantelada quadrilha de assaltantes

Mais uma quadrilha de assaltantes que atacava clientes nas saídas de bancos foi desmantelada pela polícia. Seis pessoas foram presas: Wilson Faria da Silveira, 23 anos; Gleberson Castro Silva, 25; David Lima da Silva, 21; Lourimar Clayton dos Santos, de 25; Fabiano Areu Antunes, 32, e Marcelo Machado Maximiliano, mais conhecido como “Dunga”, 26. Entre os crimes atribuídos ao grupo está o latrocínio que vitimou o office-boy Rodrigo Henrique Furtuoso, no dia 30 de abril.

As investigações começaram com a morte de Rodrigo, que foi assassinado com um tiro na barriga, quando retornava do banco para a Associação Paranaense de Reabilitação (APR), situada na Rua dos Funcionários, Cabral, onde trabalhava. O jovem foi abordado por um marginal que lhe deu voz de assalto. Ele teria reagido e foi ferido com um tiro na barriga. Socorrido e levado ao Hospital Cajuru, Rodrigo não resistiu e morreu no dia 2 de maio.

Prisão

O delegado Gerson Machado, titular da DFR, disse que logo após a morte do jovem, os investigadores Righetto, Aldemar, Luiz Eraldo e Geremias começaram as diligências para identificar os autores do crime. Às 14h20 de quinta-feira eles prenderam Wilson Faria da Silveira, na Rua Vereador Miguel Costa Couto, no Alto Maracanã, em Colombo. Wilson portava um revólver calibre 32, com numeração lixada, e 12,8 gramas de maconha. “Na casa dele os policias apreenderam três pastas e uma agenda. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma, posse de substância entorpecente e receptação”, afirmou Machado.

Ele relatou que uma das pastas apreendidas pertencia a outro office-boy, que também foi assaltado no dia 30 de abril, quando saía de um banco, no Bacacheri. Na ocasião os marginais levaram R$ 6.000,00 do rapaz. “Também estavam em poder de Wilson os documentos do veículo placa ABR-6812, furtado no último dia 23 de abril, próximo ao Hospital de Clínicas, no centro”, disse o policial.

Os investigadores também prenderam, na tarde de quinta-feira, os outros acusados. Todos estavam reunidos em uma boate no Alto Maracanã, em Colombo, e foram autuados em flagrante por formação de quadrilha. “Na boate foram apreendidos diversos documentos que devem pertender a outras vítimas”, comentou o delegado.

Crimes

No decorrer das investigações foi apurado que Wilson, Gleberson e David participaram do latrocínio do funcionário da APR. Segundo o delegado, no momento do crime o trio ocupava o Omega placa JKV-0126 (RS). Wilson teria descido do carro, dado voz de assalto e depois entrado em luta corporal com a vítima, tentando tomar sua pasta. “Uma testemunha viu e reconheceu Wilson e os outros dois”, frisou o delegado.

As investigações constataram que o grupo usava o Fiat Tipo, vermelho, placa BRL-9577; o Voyage, preto, placa BHA-5681; a motocicleta Kasinski, 125 CC , vermelha, placa AKF-8339, e o Omega, bege, placa JKV-0126 (RS). Marcelo era o “olheiro” da quadrilha e ficava dentro das agências bancárias para escolher as vítimas. Depois da escolha, passava as informações para seus comparsas.

Versões

Somente Wilson confessou os crimes. Ele admitiu que assaltou o office-boy na saída do banco. Quanto à morte de Rodrigo, afirmou que já o conhecia de uma danceteria, onde se desentenderam. “Encontrei-o e fui tirar satisfações. Como ele era forte, veio para cima. Tive que atirar. Mas não foi latrocínio não. Se eu soubesse que ele tinha dinheiro teria levado”, afirmou Wilson, que já tem antecedentes criminais por roubo e deixou a Prisão Provisória de Curitiba no dia 2 de janeiro, quando a Justiça lhe concedeu o benefício para que respondesse pelo crime em liberdade. “Voltei para o crime porque é a vida, né”, acrescentou.

Wilson assumiu todos os crimes. Lourimar, Fabiano, David e Gleberson garantiram que não têm passagem pela polícia. Já Marcelo tem antecedentes por estelionato.

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