Crack aperta o gatilho

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Vladimir foi morto com três tiros.

A família de Vladimir Barbosa de Oliveira, 18 anos, acreditava que a passagem pelo Exército poderia salvá-lo do vício do crack. Antes que o destino lhe proporcionasse esta oportunidade, alguém o chamou e o matou na Rua Marte, Sítio Cercado, nos fundos de sua residência. O crime ocorreu às 14h de ontem e não teve responsáveis identificados.

Desde que envolvera-se com a droga, Vladimir causava transtornos à família. "Quando foi preso por furto de veículo, tive certeza de que tinha a ver com o crack. Eu chegava a chorar quando aconselhava ele", lembrou a mãe, Maria Aparecida Barbosa de Oliveira, junto ao corpo do filho. Ela conta que uma das últimas esperanças de livrá-lo do vício era a disciplina do Exército, ao qual ele iria servir a partir de 28 de janeiro.

Ontem à tarde, o rapaz estava em casa quando alguém o chamou pelos fundos. Menos de cinco minutos depois, a vizinhança ouviu três tiros – um deles acertou o coração de Vladimir, que ainda teve força de cambalear dez metros, em direção à sua residência, e pedir por socorro. O Siate foi chamado, mas ele morreu no quintal, antes da chegada do socorro.

Para a mãe, a dependência química motivou o assassinato. "Deve ter sido um outro usuário, a mando de alguém. O pessoal da rua deve ter visto", disse ela. "Ninguém quis comentar quem foram os autores", falou o soldado Baumann, do 13.º Batalhão da PM. A Delegacia de Homicídios colheu no local do crime as primeiras pistas para tentar elucidá-lo.

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