O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), sugeriu nesta segunda-feira (23) que os petistas acusados de tentar comprar o dossiê Vedoin podem estar mentindo em seus depoimentos quando dizem não saber de onde veio o R$ 1,75 milhão que seria usado na negociação. "Ao réu é dado o direito de mentir. Então, não acho que o réu petista seja diferente de outros réus", afirmou Wagner, que integra o time de coordenadores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Atestado de idoneidade não vem com ficha de filiação partidária. Isso é uma coisa anterior.
Wagner fez questão de ressaltar que não está entre os que pregam atenuantes aos companheiros unicamente pelo fato de serem do PT. "Eu não estou defendendo que eles mintam. Estou dizendo que eles estão usando do direito, concedido pela lei, de que o réu não é obrigado a dizer toda a verdade. É a Justiça que lhes garante esse direito.
Questionado se um petista não deveria agir de forma diferente, o governador eleito da Bahia disse lamentar que colegas de partido ainda produzam tanto desgaste a Lula na reta final da campanha. "Reconheço no PFL e no PSDB pessoas íntegras, assim como reconheço que dentro do PT possa haver pessoas que não tenham essa mesma integridade", argumentou Wagner, em entrevista no comitê da campanha de Lula. "Isso a gente traz de outro lugar. O partido pode ajudar a manter ou pode deteriorar, mas isso vem de outra praia.