Sem surpresa

O mercado viu sua expectativa realizada com a manutenção da taxa Selic em 19,75% ao ano, na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Era pensamento generalizado que a taxa seria mantida, depois de nove alterações consecutivas desde setembro do ano passado.

A decisão tomada pelo Copom, a princípio, não guarda nenhuma afinidade com as rumorosas denúncias de corrupção nos Correios, no Instituto Brasileiro de Resseguros e o pagamento de quantias mensais a alguns deputados pertencentes aos partidos da base aliada no Congresso Nacional.

Não se sabe por quais motivos superiores o intenso mal-estar que atingiu o arcabouço político do governo Lula, com a exposição superlativa de personalidades de primeira plana, como o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu e o presidente nacional do PT, José Genoino, não se fez sentir com a mesma intensidade na economia.

Há razões para crer nos analistas de mercado que afirmavam ser a medida previsível diante do comportamento dos fatores econômicos, sobretudo da desaceleração do ritmo da produção industrial e das vendas do comércio. Eles também acreditam que a partir de setembro a taxa Selic começará a cair.

Isto se a economia continuar dispondo de defesas naturais contra a ação – quase sempre – deletéria da política.

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