Lorota

Mãe do jogador Daniel registrou mentiras contadas por Allana em cartório

Daniel jogou pelo Coxa em 2017. Problemas com lesões impediram que ele jogasse muito, mas deixou amigos em Curitiba. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Paraná
Daniel jogou pelo Coxa em 2017. Problemas com lesões impediram que ele jogasse muito, mas deixou amigos em Curitiba. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Paraná

A tarde de terça-feira (13) foi agitada na delegacia de São José dos Pinhais, onde a morte do jogador Daniel está sendo investigada. Além do registro em cartório das mensagens trocadas entre Allana e Eliana Correia, mãe do ex-atleta, por celular, houve também um grande entra e sai de advogados e testemunhas do assassinato, cometido pelo empresário Edison Brittes Júnior, 38 anos, no dia 27 de outubro.

Jogador

O advogado que auxilia a família de Daniel, Nilton Ribeiro, passou pela delegacia à tarde. Ele foi levar uma ata notarial, para ser anexada ao inquérito policial. O documento é feito em cartório, com fé pública, no qual se registra alguma informação. Neste caso, as mensagens que Allana Brittes trocou pelo WhatsApp com Eliana Correa, mãe do jogador.

Nelas, Allana diz que Daniel saiu andando sozinho da casa da família Brittes, na manhã de sábado, e que ninguém mais o viu depois. Também se mostra surpresa quando a família do jogador recebe a notícia de que o corpo no IML é de Daniel.

O advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone Júnior, também esteve na delegacia, no fim da tarde. Ele contou que esteve no presídio conversando com Edison, Cristiana e Allana, mas disse que não ia revelar o que foi conversado. Eles e outros três indiciados em inquérito estão presos temporariamente. Dalledone também não revelou o objetivo de sua ida à delegacia.

Testemunhas

A primeira testemunha da tarde a ser ouvida foi uma adolescente de 17 anos, namorada de Eduardo, que estava na casa no dia em que o jogador foi agredido. Por ser adolescente, o advogado dela, Edson Stadler, preferiu preservá-la e a jovem não falou com a imprensa. Mas o defensor mostrou que a jovem é apenas testemunha e está colaborando com todas as informações que sabe.

Além de prestar depoimento, ela levou algumas roupas para Eduardo, que está detido na delegacia. Apesar dele dizer em seu interrogatório que a namorada já dormia quando tudo aconteceu, o advogado da jovem não confirmou se ela realmente dormiu e não viu nada, ou se ela acordou e presenciou algo, em algum momento.

Reconhecimento

Uma jovem identificada apenas pelo nome Evellyn, 19 anos, que ficou com Daniel durante a festa de aniversário de Allana Brittes, na casa noturna Shed, esteve de novo na delegacia nesta terça. Ela já tinha prestado depoimento na segunda-feira (12) e, na saída, não conversou com a imprensa. Seu advogado, Luiz Roberto Zagonel, apenas disse que a jovem, que é amiga de Allana, estava assustada porque presenciou toda a agressão dentro da casa dos Brittes.

Ainda conforme outro defensor de Evellyn, Rafael Lima Torres, o objetivo da ida dela à delegacia novamente foi o de reconhecer um dos irmãos Purkote (gêmeos que estavam na festa) pois, conforme ela, um deles participou das agressões contra Daniel, dentro da residência da família Brittes. A polícia apresentou a elas várias fotografias e ela reconheceu um dos irmãos como sendo um dos agressores.

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