Perícia no computador

Assassino de Rachel consumia pornografia infantil e fazia buscas como ‘orgia na escola’ na internet

Na época do crime, em 2008, Carlos Eduardo dos Santos morava na Rua Alferes Poli, no Centro de Curitiba, a cerca de 750 metros da escola onde a menina estudava.
Na época do crime, em 2008, Carlos Eduardo dos Santos morava na Rua Alferes Poli, no Centro de Curitiba, a cerca de 750 metros da escola onde a menina estudava.

Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, assassino confesso de Rachel Genofre, que foi encontrada morta com sinais de estupro em uma mala na rodoviária de Curitiba em 2008, consumia material pornográfico infantil. Pelo menos isso é o que suspeita a Polícia Civil, que divulgou nesta segunda-feira (28) o laudo da análise feita no computador do assassino. Alguns termos, como um deles, que faz alusão a um idoso mantendo relações sexuais com a neta dormindo, assustam.

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Ao todo, pelo que foi divulgado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foram encontrados pelo menos um direcionamento para um link com conteúdo sexual infantil e uma busca por uma frase também com o mesmo sentido.

Além disso, a perícia também achou fragmentos de páginas da internet dentro do arquivo de memória virtual do computador, que continuam outros termos, como palavras-chave, usualmente relacionados à pornografia infantil como “orgia na escola”, “p*** no colégio”, “sexo com aluna”, “sexo com filho”, “transando na escola”, “college teen sex”.

As informações encontradas pela perícia foram acrescentadas ao inquérito e vão ajudar a Polícia Civil a traçar ainda mais o perfil de Carlos Eduardo. Pela ficha criminal, o homem praticou ao menos cinco estupros contra crianças, todas meninas de idade entre 4 e 14 anos – perfil que se encaixa ao de Rachel. Há, ainda, um sexto estupro na ficha criminal dele que a polícia ainda não sabe se foi contra uma criança ou uma pessoa adulta.

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Segundo depoimento

Além do relatório da perícia, a DHPP divulgou também o segundo depoimento tomado pelos policiais de Curitiba quando Carlos foi transferido ao Paraná. À delegada Camila Cecconello, que o ouviu no dia 22 de outubro, o homem contou praticamente tudo o que já tinha dito anteriormente, que viu Rachel num dia e só no outro resolveu abordá-la, dizendo que era responsável por um programa de TV e a convencendo a ir com ele até seu escritório.

Carlos contou que a menina tentou avisar seus pais, mas que ele a convenceu de avisar depois e disse que quando chegaram em sua casa Rachel começou a gritar e se esquivar e foi aí que ele, então, tapou a boca e o nariz dela, que começou a se debater e arranhá-lo. Disse que começou a esganar Rachel pela garganta, que puxou a menina enquanto ela se debatia e que quanto mais sufocava, Rachel ia se abaixando e perdendo a voz.

O homem contou também que cometeu o ato sexual com Rachel e após isso amarrou seus braços, pernas, e que a embrulhou em lençóis, sacos plásticos e colocou dentro da mala. Carlos ainda disse que passou duas sacolas em volta da cabeça da menina, porque achou que o corpo iria sangrar e que o sangue escorreria para fora da mala, mas que também usou as sacolas para que, caso ela acordasse, acabasse sufocada, conforme disse em seu primeiro depoimento, enquanto ainda estava em São Paulo.

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Queria que o corpo fosse achado

Ele confirmou que foi até a rodoviária de duas formas: metade do caminho de ônibus e o outro trecho de táxi e que deixou a mala no local porque queria que o corpo fosse encontrado. Carlos disse também que cometeu o ato sexual abaixando as calças de Rachel, que não retirou sua roupa e não sabe como esses objetos sumiram (calcinha, meia, tênis). Disse que ficou apenas com a mochila e os cadernos, que levou consigo e dispensou em uma lixeira em Guaratuba, no litoral do Paraná, cidade para onde fugiu após o crime e depois foi para outra região.

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