Solucionado!

Preso confessa que matou Rachel Genofre com promessa de participação em programa de TV

Na época do crime, em 2008, Carlos Eduardo dos Santos morava na Rua Alferes Poli, no Centro de Curitiba, a cerca de 750 metros da escola onde a menina estudava.
Na época do crime, em 2008, Carlos Eduardo dos Santos morava na Rua Alferes Poli, no Centro de Curitiba, a cerca de 750 metros da escola onde a menina estudava.

Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, apontado pela Polícia Civil como autor da morte de Rachel Genofre, em 2008, confessou a autoria do crime. Ele foi interrogado por policiais paranaenses sobre o caso Rachel Genofre em Sorocaba, São Paulo, onde está preso por outros crimes. A solução do caso Rachel Genofre foi emblemática, já que praticamente 11 anos se passaram até que o assassino fosse descoberto.

Segundo Camila Cecconelo, Delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa ( DHPP), Carlos atraiu Rachel para sua casa prometendo a participação em um programa infantil. “Ele confirmou que já tinha observado a Rachel e após entender a rotina dela, ele a convidou para participar de um programa infantil de TV bem conhecido da época e falou que era para ir no escritório assinar alguns documentos. A Rachel concordou e foram até o local que ele residia e assim que chegou lá, a Rachel estranhou e gritou. Na sequência, cometeu o ato sexual e a matou”, disse a delegada.

Corpo da pequena Rachel foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, dentro de uma mala e com sinais de violência. Foto: Reprodução.
Corpo da pequena Rachel foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, dentro de uma mala e com sinais de violência. Foto: Reprodução.

Camila falou ainda sobre o comportamento de Carlos, que já tem uma série de indiciamentos por estupros. “São seis e ele costumava atacar vítimas desta faixa etária. Exames irão apontar se ele tem algum problema mental”, explicou. “Ele tem perfil de ser uma pessoa acostumada a cometer estupros e estelionatos, ou seja, engana e mente com frequência”, completou. Ainda não há informações sobre a participação de outras pessoas no crime.

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A Polícia Civil estuda a possibilidade de pedir à Vara de Execuções Penais de São Paulo que o acusado de matar Rachel venha para Curitiba para reconstituir o crime e um novo interrogatório ocorra na capital paranaense.

Confira trechos da entrevista com a Delegada Camila Cecconelo sobre o Caso Rachel Genofre

Corpo na Rodoferroviária

“Ele não falou porque foi até a Rodoviária, mas achou que o local era o ideal para transitar com mala sem ser notado. Conta que deixou ali e ficou um tempo olhando para ver se alguém aparecia e depois saiu abandonando a mala com o corpo da Rachel.

De onde veio a mala?

“Ainda estamos averiguando se ele tinha a mala ou comprou. Ele deu algumas informações, mas neste momento vamos investigar para saber se ele falou a verdade”.

A identificação de Carlos

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), um trabalho de integração entre Paraná, São Paulo e Brasília permitiu a identificação de Carlos, preso acusado de outros quatro crimes de estupro. A pena que ele cumpre é de 22 anos. Ele também é acusado de roubo, estelionato e falsidade ideológica.

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A morte de Rachel Genofre

Com apenas nove anos de idade, Rachel foi morta na madrugada do dia 5 de novembro de 2008. Seu corpo foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba.

Encontrado seminu e com vestígios de violência sexual, o cadáver foi localizado às 2h30, por um indígena que circulava pelo local, onde também estariam alguns pertences da menina. Até hoje não se sabe como a mala foi parar na Rodoferroviária, já que as câmeras de segurança instaladas no ponto não estavam funcionando.

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