Torturados

Após prisão de suspeitos, população dedura local em que corpos de vítimas do PCC estavam

Fotos: Lineu Filho.

Os corpos do casal morto pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram encontrados na noite desta quinta-feira (27). Segundo a polícia, a população foi primordial para que os investigadores pudessem achar os corpos, já que o grupo enterrou num local de difícil acesso no bairro Caximba, em Curitiba. Os responsáveis pelo duplo assassinato foram presos pelos policiais da Divisão de Estadual de Narcóticos (Denarc).

“Depois da prisão, a própria população fez uma denúncia anônima aos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que entraram em contato com a gente. Como estávamos próximos, fomos até o local, encontramos uma pá e percebemos que deveria ter sido usada para enterrar os corpos”, contou a delegada Camila Cecconello, da Denarc.

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O local, numa área complicada de se achar se não conhecesse a região, fica num local próximo a Estrada Delegado Bruno de Almeida. Conforme o relato da delegada, os policiais usaram a mesma pá que estava no local para cavar a terra e encontraram os corpos do casal. Segundo a polícia, os assassinos usaram uma submetralhadora calibre 9 milímetros para matar o casal.

Além de encontrar os corpos, a polícia também conseguiu confirmar que o casal foi torturado antes de ser morto. “Pelas diligências realizadas, até mesmo com a perícia no local, percebemos que o corpo do homem tinha mais de 10 marcas de tiros e estava amarrado nos pés. A mulher estava ferida na cabeça e tinha uma corda amarrada ao pescoço, a mesma corda que foi encontrada e apreendida também na casa dos autores do crime, pela manhã”, detalhou.

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A linha de investigação da Denarc aponta que os homens presos queriam informações sobre um homicídio contra um integrante do PCC e esse casal teria essas informações. “Após informações desencontradas das vítimas sobre esse suposto homicídio, eles realizaram uma conferência, uma espécie de ‘Tribunal do Crime’. Como não conseguiram o que queriam, decidiram exterminar o casal”, explicou a delegada.

Com o encontro dos dois corpos, a polícia fechou as investigações sobre a prisão do grupo, mas não vai parar de apurar a atuação da facção criminosa. “Nós realmente conseguimos fechar toda essa investigação, com homicídio e participação na organização criminosa, temos muitas provas. Mas continuamos a investigação contra a facção criminosa, pois apreendemos muitos materiais que vão nos ajudar a ampliar e descobrir mais detalhes”.

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A delegada ainda agradeceu o apoio da população, pois se não fosse a denúncia, os corpos não seriam encontrados. “Os moradores foram essenciais, porque os corpos estavam enterrados num local de dificílimo acesso. Para se ter uma ideia, estavam a aproximadamente um quilômetro de onde as vítimas foram mantidas em cativeiro, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Vieram pra cá somente para desovar mesmo”.

Os apontados como responsáveis pelo crime, Misael Natã Ribeiro da Silva, 24 anos, Anderson Diego Santana e Naikon Martins Carvalho, ambos com 32, e um adolescente, foram detidos em Pinhais, também na RMC. Agora, o grupo vai responder por sequestro e cárcere privado, porte de arma de uso restrito, posse de arma, homicídio qualificado por motivo torpe e a receptação já que estavam com dois carros roubados.

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