Secretário do Ministério da Fazenda diz que crescimento de 4% é possível

Rio de Janeiro – O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta segunda-feira (04) que ainda é possível o Produto Interno Bruto (PIB) crescer cerca de 4% este ano. Na avaliação do secretário, o crescimento de apenas 0,5% no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro, se deveu a fatores pontuais como a realização da Copa do Mundo, as paradas programadas de algumas plataformas de produção da Petrobras e a greve na Receita Federal.

?Este crescimento ainda é possível. Obviamente que o resultado do segundo trimestre do ano ficou um pouco abaixo do esperado em razão de fatores pontuais, mas a tendência, já a partir deste terceiro trimestre, é de uma recuperação mais forte na atividade econômica e os primeiros indicadores do mês de julho já são positivos é indicam esta recuperação da atividade econômica?, afirmou.

As declarações foram dadas em entrevista coletiva após palestra em conferência comemorativa dos 30 anos da Comissão de Valores Mobiliário (CVM).

Ao ser questionado sobre as possibilidades de que o governo federal venha a reavaliar a sua previsão de crescimento de 4% do PIB (a soma de todas os bens e serviços produzidos no país), a partir da divulgação do boletim Focus, com estimadas de investidores que apontavam para um crescimento de 3,2% para a economia, Appy garantiu que estas reavaliações se dão normalmente a cada trimestre.

?O governo faz esta reavaliação a cada três meses, mas é possível sim, crescer os 4% previsto. O número exato vai ser fixado agora ao longo dos próximos dias, com tranqüilidade, mas este crescimento não é impossível?.

Projeções feitas na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicavam que a economia terá que expandir no segundo semestre deste ano 5,8% para que o PIB feche 2006 com o crescimento de 4%, estimado pelo governo federal.

Para que o crescimento fique em 3,5% (percentual em torno do qual oscilam as estimativas feitas pelo mercado e por instituições da sociedade civil, como a Fundação Getulio Vargas e a Federação das Industrias do Estado do Rio de Janeiro), a expansão da economia nos últimos seis meses do ano terá que ser de 4,8%.

De acordo ainda com o IBGE, no segundo semestre de 2004 a expansão do PIB chegou a 5,3% – percentual suficiente para que a economia brasileira cresça em torno dos 3,5%, porém aquém das projeções de 4%. Já no segundo semestre do ano passado o crescimento do PIB foi de apenas 1,2%.

Dados divulgados também na semana na semana passada pelo Instituto indicaram que o PIB fechou o primeiro semestre de 2006 com expansão de 2,2% frente ao primeiro semestre de 2005.

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