Requião leva políticas públicas do Paraná em missão comercial à Venezuela

Junto com representantes de 50 empresas e instituições paranaenses e 20 empresas de outros Estados, o governador Roberto Requião parte para a Venezuela na segunda-feira (14) para liderar, durante cinco dias, a primeira missão governamental e empresarial de um Estado brasileiro antes da incorporação efetiva da Venezuela ao Mercosul, em dezembro. Esta é a 22ª missão realizada pelo governo estadual e, mais um vez, o Paraná aposta no mercado sul-americano, em franco crescimento.

Segundo o governador, o Paraná atende a um pedido do próprio governo Hugo Chávez, de transferência de tecnologia. ?Vamos ofertar cooperação técnica a Venezuela, oferecendo nossos melhores exemplos de políticas públicas como programas de saneamento, habitação, agronegócio, educação, cooperativismo, tecnologia e meio-ambiente?, explica.

Ainda de acordo com Requião, a missão terá três momentos: rodadas de negócios entre os empresários, definição de investimentos e uma mesa de integração. ?Sigo uma postura de fortalecimento latino-americano e as ações bem-sucedidas do Estado serão apresentadas ao presidente Hugo Chávez. A Venezuela quer substituir a importação de produtos norte-americanos por produtos dos países latinos e esta é mais uma nova oportunidade de inserção de produtos de pequenos e médios empresários paranaenses?, acrescenta.

Segundo o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a expansão de mercado para a Venezuela está se firmando nos últimos anos. Com exportações paranaenses para a Venezuela de US$ 28 milhões em 2003, explica Virgílio, o Estado saltou para US$ 121 milhões em 2004, alta de 423%. Nas importações, o Paraná comprou US$ 3 milhões em produtos da Venezuela, subindo para US$ 13 milhões no ano passado, alta de 482%.

?A Venezuela possui um enorme déficit comercial com o Brasil e o Paraná. A entrada de empresas paranaenses no mercado venezuelano também representa grande ganho?. Sobre os produtos e empresas exportadoras do Estado e de produtos, os números também são significativos, conta o coordenador de Assuntos Internacionais e do Mercosul, Santiago Gallo. ?Passamos de 105 para 148 empresas e em produtos, de 363 alcançamos 472 entre os anos de 2003 e 2004?, exemplificou.

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