O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Orestes Quércia, pretende submeter a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) à Nossa Caixa, caso seja eleito para o cargo. Segundo ele, o banco administraria o repasse de 1% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) destinado à habitação popular. Ao CDHU caberia a questão habitacional.
"Estamos elaborando uma idéia de fazer da Nossa Caixa a coordenadora da habitação de São Paulo. Nós depositaríamos os recursos do CDHU na Nossa Caixa. Isso significaria a possibilidade do banco ampliar os financiamentos pelo potencial dos recursos investidos", explicou o candidato, após participar de um debate organizado por entidades do setor da construção civil no Instituto de Engenharia, na capital.
Quércia acredita que aplicar os recursos destinados ao CDHU na Nossa Caixa "multiplicaria em três ou quatro vezes o montante dos recursos que hoje existem" para financiar moradias populares. "E ainda vai sobrar recursos da Nossa Caixa para podermos financiar a pequena e média empresa, sobretudo a agroindústria em São Paulo.
O candidato afirmou que o dinheiro faria parte do capital do banco. "Colocar (o recurso do CDHU) como capital na Nossa Caixa, que o banco vai devolver financiando as casas, significa ter oito vezes mais possibilidade de financiar casas populares ou outros setores que queremos desenvolver.
O CDHU atende famílias com renda entre um e dez salários mínimos. Segundo seu site, a CDHU movimenta cerca de "R$ 550 milhões por ano". A empresa já construiu e comercializou cerca de 356 mil habitações em 93% dos municípios paulistas desde a sua fundação, em 1949. Os números correspondem a 1,7 milhão de pessoas atendidas pelos programas habitacionais.