Projeto de reforma política ainda precisa de aval da Câmara

Assim como o projeto original da reforma política, a proposta emergencial discutida pelos líderes partidários hoje também tem que passar pela Câmara dos Deputados. Hoje, após a reunião com as lideranças, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o Senado deve aprovar um projeto menor da reforma até o próximo dia 22.

O projeto, de autoria do presidente do PFL, senador Jorge Borhnausen (PFL- SC), prevê o fim dos "showmícios", estabelece critérios para o uso do horário eleitoral de rádio e TV e obriga que a prestação de contas das campanhas seja feita pela Internet.

Calheiros ressaltou que "o Senado vai fazer a sua parte". "O Senado, de novo, vai fazer uma tramitação rápida, vai votar, para que nós possamos ter mais verdade, mais qualidade nas eleições", disse.

Para que a reforma política entre em vigor em 2006, é necessário que o Congresso aprove o projeto até 30 de setembro. Já o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), afirmou hoje que espera votar o primeiro projeto, que já passou pelo Senado, também até o dia 22.

Renan Calheiros ressaltou que reforma é essencial neste momento de crise política. "Se antes era uma conveniência, hoje é uma exigência da sociedade. Não há como não fazer esta reforma. Não há como não purificar, dar mais transparência, ética, verdade e igualdade de oportunidade ao processo eleitoral. O Brasil mais do que nunca cobra isso", afirmou.

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