Presidente da Infraero rejeita privatização

"Não concordamos, por princípio, com nenhuma solução que exponha o capital da
empresa à privatização". Em visita a Recife, o presidente da Infraero, Carlos
Wilson, desmentiu os rumores sobre uma suposta desestatização da empresa. A
declaração foi reproduzida em nota publicada hoje (16) na página oficial da
Infraero.

Carlos Wilson afirmou, ainda segundo a nota oficial, que a
estatal teve de adaptar-se ao ajuste fiscal. "Como todas as empresas estatais
brasileiras, a Infraero também foi convocada a participar do esforço para o
aumento do superávit primário, meta primeira do Ministério da Fazenda. Neste
sentido fomos obrigados a promover fortes cortes de custeio, o que nos obrigou a
buscar formas de capitalizar a empresa."

Para solucionar o corte de
recursos, Carlos Wilson confirmou que a Infraero está estudando o aumento de
capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Por
orientação do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estudamos uma forma
de aporte do Fundo Nacional de Desenvolvimento, que já é sócio da empresa
(11,2%). Registre-se que o FND é administrado pelo BNDES e pertence ao Tesouro
Nacional, que por sua vez é o acionista majoritário (88,8%)".

A Infraero
informou que todos os 66 aeroportos então funcionando sem problemas
operacionais. E que não atrasos nos vôos nacionais e
internacionais.

Quanto à reivindicação dos reajustes dos salários, Wilson
afirmou que, entre os anos de 2002 e 2004, houve um aumento de 45,4%. "Neste
período a despesa média por funcionário passou de R$ 46,1 mil para 69,1 mil por
empregado/ano, com uma variação de 49,9%".

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