Tucanos firmam acordo de apoio a Osmar ao governo

Na ante-véspera da cirurgia do senador Osmar Dias (PDT), que será realizada amanhã, dia 23, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, os tucanos fecharam um acordo para manter o apoio à pré-candidatura do pedetista ao governo até que ele dê a palavra sobre o seu futuro eleitoral. Em reunião realizada ontem na Secretaria do Meio Ambiente, da prefeitura de Curitiba, a direção estadual do partido e os deputados estaduais decidiram esperar por Osmar.

Hoje, o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, irão conversar, em Brasília, com a bancada federal tucana, o presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati, o pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, e o senador Alvaro Dias. Mais uma vez, a conversa será sobre o palanque tucano no Paraná.

A posição do PSDB não é compartilhada pela totalidade do PFL, que começa a dar sinais de impaciência diante da indefinição da candidatura que está sendo gestada desde o ano passado para representar o palanque adversário à reeleição do governador Roberto Requião (PMDB). Ontem, o secretário-geral do PFL, deputado estadual Elio Rusch, declarou que considera muito difícil vingar a candidatura do pedetista e que o seu partido não poderá esperar pelos trinta dias de licença médica do senador para decidir de que jeito vai participar da eleição.

Novas frentes

Enquanto jura fidelidade ao senador Osmar Dias, a direção estadual do PSDB conversou com o pré-candidato do PPS ao Palácio Iguaçu, Rubens Bueno, que procurou os tucanos para propor uma aliança. Segundo relatou o líder da bancada estadual do PSDB, deputado Ademar Traiano, Bueno se ofereceu como alternativa da oposição ao Palácio Iguaçu, caso o senador Osmar Dias decida não concorrer ao governo.

No PFL, a oferta de Bueno já vem sendo analisada há algum tempo. Rusch disse que a aliança com o PPS é uma das opções do partido, embora em primeiro lugar esteja o compromisso com os tucanos, já selado nacionalmente em torno da candidatura de Alckmin, com a indicação do senador José Jorge para vice do ex-governador de São Paulo.

Segundo Rusch, esperar a recuperação do senador para ouvir sua decisão equivale ao "suicídio" para o PFL. "O senador vai ficar trinta dias fora. Até lá, será 22 de junho. Como é que nós vamos ficar esperando para ver se o PDT vai ou não lançar um candidato. Seria suicídio", disse. O pefelista observou ainda que, mesmo confirmando sua candidatura ao governo, o senador Osmar Dias ainda tem seu projeto dependente da direção nacional que teima em lançar um candidato a presidente, que anularia as chances de um acordo com tucanos e pefelistas no Paraná, segundo a regra da verticalização das coligações.

Calma

O presidente interino do PDT do Paraná, deputado Augustinho Zucchi, disse que o problema de saúde do senador – ele vai retirar as veias safenas das pernas – não altera seus planos eleitorais. E a decisão definitiva deve ser anunciada no máximo em dez dias e não no final de junho, como temem alguns aliados. O prazo oficial para formalizar candidaturas vai de 10 a 30 de junho, conforme o calendário da Justiça Eleitoral.

Rossoni assegurou que nenhuma decisão diferente será adotada pelo PSDB, enquanto Osmar não confirmar ou desistir da candidatura. Ele acha que o PDT estará num palanque adversário a Requião de qualquer jeito, com ou sem a candidatura do senador Osmar Dias.

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