TSE alerta sobre mudança na ordem de votação na urna

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, alertou hoje o Senado que a mudança na ordem de votação na urna eletrônica, cujo projeto foi aprovado nesta semana pela Câmara, poderá acarretar problemas para a eleição deste ano. O Senado deverá analisar nos próximos dias o projeto, que estabelece que os nomes dos deputados federais devem ser os primeiros a aparecer na ordem de votação da urna eletrônica.

De acordo com o TSE, além de gastos extras, a alteração levaria à necessidade de modificar três softwares, que são os de votação, totalização e divulgação. E não haveria tempo hábil para mudar esses softwares e realizar os “imprescindíveis” testes de segurança.

“Isso (a alteração na ordem de votação) implicaria a renovação de todas as fases de testes e simulados indispensáveis à segurança do Sistema Eletrônico de Votação, o que causaria impacto e atraso significativos no cronograma de programação das 400 mil urnas”, advertiu a Secretaria Geral do TSE no ofício encaminhado por Lewandowski ao Congresso. “Tal alteração, se implementada, afetaria a normalidade do Sistema Eletrônico de Votação”, acrescentou.

O TSE informou ainda que já foi determinada a impressão de 54,2 milhões de folhetos de orientação aos eleitores e de 1 milhão de cartazes explicativos sobre os procedimentos e a ordem de votação. O custo total da impressão é de R$ 500 mil. “A reimpressão do material gráfico, além de causar prejuízo ao erário, poderia inviabilizar a distribuição aos 27 tribunais regionais eleitorais do País”, ressaltou o TSE.

Até 2008, os eleitores votavam primeiro em seu candidato a deputado federal. No entanto, uma resolução do TSE modificou a ordem, fazendo com que os eleitores passassem a votar primeiro no deputado estadual ou distrital, no caso do Distrito Federal. Em seguida, os eleitores devem escolher o deputado federal, o senador, o governador e o presidente da República.