Requião diz que deixa o cargo até o dia 8

Às vésperas de se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Foz do Iguaçu, o governador Roberto Requião (PMDB) disse ontem em Curitiba que não é ?murista? e que, em algum momento da campanha eleitoral, vai declarar seu voto a presidente da República. Mas que não tem pressa e o fará como um cidadão comum, que tem direito ao voto e pode escolher seu candidato no dia da eleição.

Requião também revelou ontem que até o próximo dia 8 de setembro estará se licenciando do cargo. Ele afirmou que gostaria de ainda estar no governo para as comemorações da Semana da Pátria. ?Há obrigações que eu gostaria de cumprir?, afirmou, mas acrescentou que poderá se afastar antes desta data e transmitir o cargo para o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB). O tucano assumirá o cargo porque o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) também irá se licenciar para a campanha eleitoral.

Sobre as expectativas da coordenação da campanha de Lula no Paraná de que poderia sinalizar hoje o apoio à reeleição do presidente, Requião foi categórico. ?Vou recebê-lo como um governador de estado recebe um presidente da República?, disse Requião, procurando caracterizar o encontro como protocolar, sem qualquer viés eleitoral.

Requião também está contrariando as expectativas da coordenação da campanha de Lula no Paraná que calculava ser automática a reaproximação do governador com o presidente após o fim da aliança entre o PSDB e o PMDB no Paraná. ?O PT do Paraná tem candidato ao governo do Estado, ao Senado e a presidente?, observou o governador.

Mas disse que é um eleitor e que terá, mais cedo ou mais tarde, de decidir em quem votar para presidente. ?Neste momento, eu estou preocupado com o Brasil. Mas não sou murista e como eleitor vou ter que votar. Mas estou analisando. E posso me decidir no dia da eleição?, afirmou. 

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