PT defende uso de cartilha contra oposição

O ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente nacional do PT, José Genoino, apresentaram ontem em Ponta Grossa as linhas gerais do discurso petista na campanha eleitoral deste ano. Genoino e Dirceu falaram por mais de duas horas a vereadores, prefeitos, deputados e candidatos às prefeituras e câmaras municipais, que deixaram o encontro levando um caderno contendo as realizações da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O desempenho do PT no governo federal e nas prefeituras que administra é a matéria-prima do discurso petista de campanha nas eleições municipais. O ministro e o presidente do partido fizeram uma explanação otimista sobre as chances eleitorais do PT, orientando a militância e os candidatos a rebater os ataques dos adversários com o relatório das realizações do governo e das prefeituras petistas.

Dirceu também conclamou os cerca de 1.500 militantes do PT paranaense a se empenharem para eleger o máximo de prefeitos e vereadores este ano. “Nós temos que ganhar as eleições para consolidar o governo do presidente Lula, o nosso projeto”, apelou. “Nós elegemos o presidente, mas não temos maioria”, disse o ministro, que também defendeu a posição do governo sobre o novo salário mínimo. “É pouco, mas é o que era possível com a vinculação à Previdência”, lamentou.

Estratégica

Genoino disse que a eleição em Curitiba é estratégica para o PT e que faz parte do processo de derrota do PFL e do PSDB em todo o País. O presidente do partido afirmou ainda que as denúncias contra setores do governo visam isolar o PT dos movimentos sociais. Mas disse que o partido reage a estas tentativas negociando com os movimentos sociais, com o Parlamento e fazendo a interlocução com toda a sociedade.

Dirceu fez questão de ressaltar que o PT faz um governo de coalisão integrado por ministros de vários partidos e, neste contexto, não é a vontade de um partido que prevalece na administração federal. O ministro voltou a mencionar a situação em que o partido recebeu o País após os oito anos do governo do PSDB e do PFL. E apontou para a execução das mudanças exigidas pela população nos próximos dois anos. O ministro não concedeu entrevistas justificando que estava em Ponta Grossa para uma atividade partidária, e não do governo.

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