PT contesta relatório parcial de Fruet, na CPMI dos Correios

Documento elaborado pelo PT contesta o relatório parcial do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), apresentado há 20 dias na CPMI dos Correios, que considerou uma ?farsa? e inexistentes os empréstimos de R$ 55 milhões obtidos pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza junto ao Banco Rural e ao BMG para alimentar o caixa 2 petista e de partidos aliados. O documento reivindica a retirada do texto de referências a dirigentes do PT e à inexistência dos empréstimos, além de argumentar que ?não há isenção no relatório?.

As alterações propostas pelos petistas deverão ser incorporadas ao relatório parcial, previsto para ser votado hoje na CPMI dos Correios. Mas, em contrapartida, Fruet vai incluir no relatório o depoimento do publicitário Duda Mendonça, que apontou a existência de caixa 2 nas campanhas estaduais de 2002 em São Paulo, Pará, Minas Gerais e Distrito Federal, entre outros. Fruet também concorda em pôr no relatório o empréstimo feito por Valério para financiar a campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB).

No documento, os petistas reivindicam ainda a retirada da expressão ?projeto de hegemonia? do relatório parcial sob a alegação de que ?é vaga e não se sustenta em face do que até agora foi investigado?. A bancada do PT reivindica também a inclusão no relatório parcial do depoimento à CPMI dos Correios de Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha à reeleição do então governador tucano de Minas. Mourão disse que recebeu R$ 11 milhões de Valério.

Em seu relatório parcial, Gustavo Fruet pede o indiciamento, ao Ministério Público, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e de Valério por lavagem de dinheiro. Fruet também pretende citar os nomes do ex-presidente do PT José Genoino e do tesoureiro do PL, Jacinto Lamas.

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