Pessuti busca apoio da base aliada

Em reunião com a bancada aliada no Palácio das Araucárias, ontem à noite, o governador Orlando Pessuti (PMDB) mostrou os resultados de uma pesquisa de intenções de votos e garantiu que levará adiante sua candidatura ao governo.

Trinta e um deputados do PMDB, PT, PV, PSB e PP responderam ao convite de Pessuti para a primeira conversa depois que o peemedebista assumiu o governo do Estado, em abril.

Somente os quatro deputados tucanos que passaram os últimos oito anos apoiando o governo – Luiz Fernandes Litro, Francisco Buhrer, Luiz Accorsi e Nelson Garcia – faltaram ao encontro com Pessuti. O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli, afirmou que a base aliada é “flutuante”.

Na conversa, Pessuti se mostrou animado com as pesquisas eleitorais. Na pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em março, Pessuti aparecia com 8% das intenções de votos.

O governador disse aos deputados que chegará em junho, mês das convenções, com dois dígitos nas pesquisas de intenção de votos. Ele espera com isso conquistar o apoio da ala do partido que prefere apoiar a candidatura do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) ao governo.

IPVA cai

O governador mostrou aos deputados um resumo do desempenho econômico do Estado nestes primeiros meses do ano. Embora a situação tenha sido descrita como equilibrada pelo governador paranaense, ele informou que no primeiro quadrimestre deste ano a arrecadação ficou 4% abaixo do previsto, embora tenha sido registrado aumento da receita de ICMS.

A previsão do quadrimestre era de R$ 7,1 bilhões. A receita foi de R$ 6,6 bilhões. Além da queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FDE), que ficou 8% menor este ano, o responsável pela quebra na arrecadação foi o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

A receita do IPVA ficou R$ 170 milhões abaixo da expectativa. O governo constatou que o fim da emissão dos boletos bancários que eram enviados para a casa dos contribuintes para a cobrança do imposto provocaram a inadimplência.