O possível aumento da tarifa de ônibus de Curitiba e região foi o assunto mais comentado ontem, durante a posse do novo prefeito Gustavo Fruet (PDT). Como incentivo ao uso de diferentes meios de transporte, o pedetista fez de bicicleta o trajeto entre a Câmara e a prefeitura de Curitiba, onde aconteceram as cerimônias de posse dos 38 vereadores eleitos e de transmissão do cargo de prefeito. Isso fez com que o assunto do transporte coletivo viesse à tona.
Perguntado sobre o reajuste da tarifa, Fruet afirmou novamente que a questão do transporte coletivo é uma bomba-relógio. “Há um rombo no transporte coletivo e ainda existe a possibilidade de suspensão do subsídio do governo estadual para a tarifa, mas a população não pode pagar essa conta e, por isso, este é o nosso maior desafio. Invariavelmente, haverá aumento da passagem, mas a tarifa técnica não chegará a R$ 3,10”, garantiu. Ao assumir o cargo de prefeito, ainda pediu prazo de 100 dias para que sua gestão seja avaliada.
Primeiro decreto
De acordo com Fruet, esse período é necessário para que sua equipe possa avaliar as dívidas, os contratos, as obras incompletas e outras questões pendentes da administração anterior. Hoje mesmo, Fruet promete assinar seu primeiro decreto, mas detalhes não foram informados. A primeira reunião do secretariado, que também tomou posse ontem, deve acontecer na sexta-feira. Na segunda-feira, o novo prefeito anunciou mais cinco nomes que vão compor a equipe, mas algumas pastas, como Comunicação e Copa, ainda não foram preenchidas.
Alternância
Gustavo Fruet ainda fez questão de relembrar a administração de seu pai, Maurício Fruet, que deixou a prefeitura há 27 anos, e exaltar a alternância de poder na prefeitura. “Estamos iniciando novo ciclo, depois de 24 anos com o mesmo grupo no poder”, comentou. Já Ducci, emocionado, apenas agradeceu a oportunidade de ter ocupado o principal cargo do Executivo. “Tenho muito orgulho de ter sido prefeito de Curitiba porque essa cidade é um exemplo”, afirmou. Também participaram da cerimônia, o vice-governador Flávio Arns (PSDB), o ex-senador Osmar Dias (PDT), e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), e das Comunicações, Paulo Bernardo (PT).