Aderir ou não aderir?

Diretório nacional prefere dialogar com bancada estadual sobre apoio a tucano

Antes de se manifestar, o diretório nacional do PMDB pretende conversar com os deputados estaduais do PMDB sobre a posição de apoio ao governo tucano. Integrante da executiva nacional do partido e coordenador de relações institucionais da Vice-Presidência da República, o paranaense Rodrigo Rocha Loures disse que vai ouvir cada um dos deputados para entender a motivação da bancada.

“Nós entendemos a dinâmica dos deputados estaduais. Muitas vezes, na política, precisamos compreender o ponto de vista local”, disse Rocha Loures. Ele argumentou que há uma tradição de democracia interna no partido, que privilegia o diálogo com todas as correntes. “Não podemos atacar ou defender sem ouvir os deputados antes. Vou telefonar para cada um deles. Após esse diálogo, vamos conversar também com o diretório estadual”, disse.

O dirigente nacional do partido afirmou que é preciso encontrar uma forma de “acomodação” das posições, que concilie a posição nacional do partido, que divide o governo com o PT, e a posição regional da bancada na Assembleia Legislativa. “Prefeitos de cidades pequenas, às vezes, dependem mais do governo federal do que do governo estadual. E no que depender do governo federal, o deputado estadual terá todo o apoio para os seus prefeitos”, citou Rocha Loures para ilustrar como a relação nacional também pode ser importante para os deputados em suas bases eleitorais.

Sobre a possibilidade de o apoio na Assembleia se transformar em aliança entre o PMDB e Beto Richa na eleição de 2014, Rocha Loures acha que não há motivo para preocupação. “Não existe pré-acordo com a população e o eleitor. Ninguém tem o poder de decidir o que o eleitor vai pensar daqui a três anos e meio”, afirmou.